Greve dos trabalhadores da saúde entre 80% e 100% em todo o país 15 de Maio de 2015 A greve de hoje dos trabalhadores da saúde está a registar níveis de adesão entre os 80% e os 100% a nível nacional, segundo Luís Pesca, dirigente da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais. «No primeiro turno ontem à noite e também durante a manhã, os níveis de adesão à greve andaram entre os 80% e os 100% a nível nacional, em todos os serviços», disse aos jornalistas Luís Pesca, acrescentando que a paralisação está a ter uma «forte participação de todos os profissionais, incluindo enfermeiros e médicos». Segundo o sindicalista, aderiram à greve auxiliares, administrativos, técnicos de diagnóstico e terapêutica, profissionais do INEM e «inclusivamente médicos e enfermeiros», que estão abrangidos pelo pré-aviso de greve e se «reveem» nas reivindicações dos colegas, citou a “Lusa”. Os vários serviços não urgentes como as consultas externas ou as cirurgias programadas foram afetados pela greve, afirmou Luís Pesca, sublinhando que só os serviços mínimos estão a ser assegurados. O dirigente sindical especificou ainda que é na região de Lisboa que a greve está a ter maior adesão, principalmente nos hospitais de São José e de Santa Maria, mas também nos hospitais de Coimbra, no de São João, no Porto, e no de Braga. Quanto aos motivos, Luís Pesca salientou que os «trabalhadores não se reveem na política deste Governo e deste ministro, que se recusa receber e negociar com os trabalhadores». O Sindicato contesta a municipalização dos cuidados de saúde primários, a entrega de hospitais do SNS às Misericórdias e exige ainda uma discussão pública e alargada sobre o serviço público de saúde. Luís Pesca alega ainda que o principal objetivo da greve é a defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS), responsabilizando a tutela pelas dificuldades do ponto de vista financeiro e humano que o SNS está a atravessar. Entre as exigências que motivam esta greve está ainda a reposição das 35 horas de trabalho semanal, a criação de carreira de técnico auxiliar de saúde, a criação do suplemento de risco, penosidade e insalubridade e a valorização das carreiras de técnico de diagnóstico e terapêutica e técnico superior de saúde. |