Gripe: Epidemia estabilizou em Portugal 687

 


12 de janeiro de 2018

A atividade gripal em Portugal é «moderada e estável», podendo indicar que já se atingiu o pico da doença, embora a confirmação só seja possível mais perto do final do mês, disse ontem a diretora-geral da Saúde.

Numa conferência de imprensa para fazer o ponto da situação da epidemia da gripe, Graça Freitas disse que se tudo continuar como até agora a atividade gripal deste ano é menos intensa do que no ano passado, embora pior do que há dois anos.

O facto de ter estabilizado, afirmou, poderá indicar que se atingiu o pico, embora só se possa afirmar isso se houver uma descida consistente de casos, o que apenas se poderá confirmar dentro de pelo menos duas semanas.

Na última semana, disse Graça Freitas, foram internadas em cuidados intensivos 17 pessoas devido à gripe, mais nove do que na semana anterior.

Segundo Graça Freitas, em Portugal morreram nas últimas duas semanas 600 pessoas, em termos estatísticos, em linha com outros anos e menos do que em igual período do ano passado.

Diretamente relacionados com a gripe terá havido «muito poucos casos de morte», disse a responsável.

Na última semana de dezembro e primeira de janeiro houve um aumento da mortalidade, o que é «compatível com a variação sazonal dos fenómenos de mortalidade e morbilidade», disse.

No último mês houve uma procura de urgências avaliada em 100 mil casos, ainda que só três por cento devido à gripe, estimou.

Na conferência de imprensa a diretora-geral da Saúde confirmou a predominância do vírus da gripe de tipo B e disse que apesar de não estar contemplado na vacina para a gripe é parecido com o que a vacina contém, pelo que a vacina produz efeitos.