Gripe mantém-se moderada, mas sobem casos nos cuidados intensivos 27 de Fevereiro de 2015 A atividade gripal em Portugal manteve-se moderada durante a semana passada, segundo o Boletim de Vigilância Epidemiológica, que revela que desde o início do ano houve 848 casos e que a mortalidade continua acima do esperado. Os dados constam do Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe, referente à semana entre 16 a 22 de fevereiro, que mostra que nesse período a taxa de incidência foi de 44 casos por cada 100 mil habitantes, «encontrando-se acima da zona de atividade basal, com tendência decrescente». Segundo o relatório, publicado à quinta-feira pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, desde o dia 1 de janeiro houve registo de 848 casos de síndroma gripal, 16 dos quais na semana entre 16 e 22 de fevereiro. Dentro destes 16, dois deram positivo para o vírus da gripe. Por outro lado, foram admitidos sete novos casos de gripe em unidades de cuidados intensivos, o que representa um aumento de 3,7% em relação à taxa estimada na semana anterior, sendo que em 85,7% dos casos as pessoas apresentavam «doença crónica subjacente» e 20% estava vacina contra a gripe sazonal. A mortalidade «por todas as causas» continua «acima do esperado», mantendo-se a tendência de diminuição que começou na semana de 19 a 25 de janeiro, «aproximando-se dos valores esperados». «Este excesso de óbitos foi observado apenas na população com 75 ou mais anos de idade, na região Norte», lê-se no boletim, citado pela “Lusa”. O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge sublinha, no entanto, que este aumento no número de óbitos «não pode ser atribuído a nenhuma causa específica, podendo estar associado ao frio extremo, ao aumento da incidência das infeções respiratórias agudas e à atividade gripal». Segundo os dados do Sistema de Informação dos Certificados de Óbito (SICO), disponível no site da Direção-geral da Saúde, no decorrer da semana entre 16 e 22 de fevereiro, houve 2.741 óbitos, menos 265 do que na semana anterior. |