Grupo de trabalho estuda criação da nova maternidade de Coimbra
08 de março de 2017 O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) está atualmente dotado de duas maternidades, situação que «acarreta uma dispersão de recursos incompatível com a gestão eficaz e eficiente dos recursos do Serviço Nacional de Saúde», afirmou o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, no despacho que cria e define a composição do grupo de trabalho e que foi publicado 6 de fevereiro no “Diário da República”. Mas nenhuma das duas unidades (maternidades Bissaya Barreto e Daniel de Matos) assegura, «por ora, a cobertura da totalidade da população inserida na sua área de influência», sublinhou o governante. Torna-se assim «necessário procurar uma solução alternativa que assegure, por um lado, a melhoria das condições de atendimento aos utentes do CHUC e, por outro, a adequada gestão dos recursos daquele Centro Hospitalar, evitando a sua dispersão e adequando-os aos fins e missão do Serviço Nacional de Saúde», sustentou Manuel Delgado. «Atenta a natureza e complexidade desta tarefa, assim como a relevância deste projeto para a população da região servida pelo CHUC, a sua preparação carece de um estudo prévio, com a participação de diversos intervenientes, designadamente da Câmara Municipal de Coimbra», para, com a Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro e com o CHUC, «apresentarem uma proposta que permita atingir os resultados visados», afirmou o governante no mesmo diploma citado pela “Lusa”. O grupo de trabalho será constituído por dois elementos da ARS do Centro (um dos quais coordenará), dois representantes do CHUC e um da Câmara Municipal. «O estudo a realizar deve incluir a identificação de locais possíveis para a implementação da unidade, dimensão do projeto, custos estimados, potenciais melhorias na gestão de recursos e redução de custos a obter», refere ainda o despacho. O grupo de trabalho «deve apresentar, até ao dia 15 de abril de 2017, o respetivo relatório final, a fim de habilitar a uma decisão política sobre a matéria em apreço», conclui no despacho 1897-A/2017 o secretário de Estado. A 24 de dezembro de 2016, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, visitou o Hospital Pediátrico de Coimbra e o presidente do CHUC, José Martins Nunes, na ocasião, afirmou que o Ministério deu «autorização para o início da construção» da maternidade e «de todo o trabalho» relacionado com a sua criação. A nova maternidade, com um orçamento previsto de 16,8 milhões de euros, deverá ser construída no perímetro do hospital universitário, entre os serviços de psiquiatria e de fisioterapia, e deverá estar concluída entre o final de 2019 e o início de 2020. «É um equipamento importantíssimo para Coimbra, para a região Centro e para o país», sublinhou, na ocasião, José Martins Nunes. |