Grupo para avaliar transferência do INFARMED deve apresentar relatório até 30 de junho 644

Grupo para avaliar transferência do INFARMED deve apresentar relatório até 30 de junho

 


13 de dezembro de 2017

O grupo de trabalho que vai avaliar a deslocalização da sede do INFARMED tem de apresentar um relatório ao ministro da Saúde até fim de junho do próximo ano, segundo um despacho publicado, ontem, em Diário da República.

O grupo de trabalho, coordenado pelo antigo presidente do INFARMED Henrique Luz Rodrigues, deve realizar uma «avaliação de caráter técnico e científico», bem como analisar os impactos a nível nacional e internacional da deslocalização da sede da Autoridade do Medicamento, que o Governo quer colocar no Porto.

De acordo com o despacho assinado pelo ministro Adalberto Campos Fernandes, ao grupo de trabalho compete «a avaliação dos cenários alternativos para a implementação da deslocalização do INFARMED para a cidade do Porto», que deve ser feita «num quadro de total autonomia e independência técnica e científica», citou a “Lusa”.

O grupo deve elaborar um relatório «destinado a produzir propostas, modelos de intervenção e cenários de deslocalização do INFARMED para o Porto tendo em conta a avaliação do impacto estratégico, técnico económico e socioprofissional».

Além de Henrique Luz Rodrigues, que coordena, o grupo é presidido por mais 26 personalidades da área da saúde, como o antigo bastonário da Ordem dos Farmacêuticos Aranda da Silva, o médico Pereira Miguel, o médico António Vaz Carneiro, o também ex-presidente do INFARMED Hélder Mota Filipe ou os economistas António Leal Lopes e Óscar Lourenço.

Até 30 de junho de 2018, o grupo tem de apresentar ao ministro da Saúde propostas de cenários para o modelo de deslocalização, uma avaliação da relação de custo-benefício, a identificação de eventuais riscos e constrangimentos e a análise do impacto nos profissionais do INFARMED.

O anúncio de transferir a sede do INFARMED de Lisboa para o Porto, feito em novembro pelo ministro da Saúde, apanhou de surpresa os trabalhadores da instituição. A esmagadora maioria dos funcionários manifestou já que não está disposta a ir para o Porto.