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GSK investe em antibióticos, contrariando a tendência da Indústria Farmacêutica

27 de Setembro de 2016

Numa altura em que as empresas farmacêuticas deixam de apostar no desenvolvimento de medicamentos antibacterianos, a GlaxoSmithKline (GSK) investiu cerca de mil milhões de dólares de fundos próprios em investigação, neste segmento, ao longo da última década.

Desde 1984, ano em que a Eli Lilly & Co. descobriu a daptomicina, que a Indústria Farmacêutica não cria um antibiótico totalmente original. O número de divisões que se dedicam à investigação deste fármaco tem vindo a diminuir. Este mês a AstraZeneca tornou-se a mais recente grande empresa farmacêutica a abandonar o ramo de desenvolvimento de medicamentos antibacterianos ao vender a sua divisão de antibióticos à Pfizer.

«A medicina de alta tecnologia enfrenta uma ameaça muito grande» que poderá colocar tudo em perigo, das unidades de terapia intensiva às cirurgias mais importantes, diz David Livermore, professor de microbiologia médica da Universidade de East Anglia, no norte de Londres. «Enfrentamos grandes problemas de resistência à gonorreia e à tuberculose».
 
Mesmo que a GSK coloque um novo medicamento no mercado, ele não será, por definição, um sucesso de vendas. Foi o uso excessivo de antibióticos que estimulou a resistência, por isso os novos tratamentos terão de ser usados com moderação, lê-se numa notícia avançada pelo “Jornal de Negócios”.