A GSK anunciou que está a estudar um grupo de mais de um milhão de adultos no Reino Unido para determinar se a sua vacina contra o herpes-zóster reduz o risco de demência.
O projeto, em colaboração com o Instituto de Investigação da Demência do Reino Unido (UK DRI) e o Health Data Research UK (HDR UK), visa utilizar o ecossistema de dados de saúde do Reino Unido para explorar uma potencial associação entre a vacina contra o herpes-zóster da GSK, a vacina recombinante contra o zóster (RZV), e um risco reduzido de demência.
Se for bem sucedido, “este projeto poderá servir de modelo para modelos de investigação de dados de saúde a nível populacional, reforçando a posição do Reino Unido como um dos principais destinos da investigação científica”, refere o laboratório farmacêutico, hoje, em comunicado.
O projeto
Ainda de acordo com a GSK, dados de vários estudos observacionais retrospetivos “mostram uma potencial associação entre a vacinação contra o herpes-zóster, incluindo com o RZV, e uma redução do risco de demência. No entanto, a natureza retrospetiva e observacional destes estudos significa que são suscetíveis a fatores de confusão não medidos e que não tem sido possível determinar a associação causal”.
A nova investigação visa ultrapassar este problema, utilizando dados de saúde eletrónicos de alta qualidade, não identificados e a nível da população, provenientes do Serviço Nacional de Saúde (NHS) do Reino Unido, para avaliar o impacto da vacinação contra o RZV na redução do risco de demência.
Assim sendo, existem cerca de 1,4 milhões de pessoas com 65 e 66 anos de idade no Reino Unido, cujos registos de saúde eletrónicos são elegíveis, podendo fornecer um conjunto de dados sólidos e abrangente que terá em conta fatores como a vacinação contra o RZV, a idade, o sexo e as condições médicas coexistentes.
A investigação demorará quatro anos a ser concluída.
