Há cada vez mais pessoas a privilegiar uma abordagem holística da saúde, diz novo inquérito 385

Há cada vez mais pessoas a privilegiar uma abordagem holística da saúde, revela um inquérito com cerca de 19 mil inquiridos desenvolvido pelo McKinsey Health Institute.

“In sickness and in health: How health is perceived around the world”. Assim se chama o estudo que analisou as respostas de 19 mil inquiridos de 19 países de todo o mundo, mostrando uma ampla perceção da saúde, numa perspetiva holística que abrange o completo bem-estar em quatro dimensões: física, mental, social e espiritual.

Os dados relativos à saúde física e mental, 85% dos inquiridos classificam-nas como muito ou extremamente importantes. O mesmo sucede com a saúde social e a saúde espiritual, também classificadas como muito ou extremamente importantes, num total de 70% e 62%, respetivamente.

O McKinsey Health Institute explica que “o estudo evidencia uma tendência para a desconstrução do conceito de saúde: 40% dos inquiridos que relatam sofrer de alguma doença continuam a classificar a sua saúde como sendo boa ou muito boa, justificando a ideia de que ser-se saudável não se restringe apenas à ausência ou presença de doença, mas a um conjunto de diferentes fatores que contribuem para que se sintam saudáveis”.

“Estes dados permitem retirar duas conclusões: por um lado, as pessoas nem sempre se definem ou se sentem limitadas pelas suas condições físicas e psicológicas. Por outro, poderão estar mais direcionadas a viver as suas vidas de acordo com os seus interesses (por exemplo, desempenhar tarefas que considerem significativas), do que focadas na presença ou ausência de doença”, lê-se ainda.

A pesquisa revela, também, que a idade nem sempre está diretamente relacionada com os níveis e perceções de saúde. “Dos inquiridos com idades compreendidas entre os 18 e os 24 anos, 70% declararam boa ou muito boa saúde no geral, e 60% das pessoas com idades compreendidas entre os 75 e os 84 anos atribuíram a mesma classificação. Por outro lado, em 15 dos 19 países analisados, os grupos etários mais velhos atribuíram pontuações mais elevadas do que os mais jovens em algumas dimensões da saúde”, como a saúde mental”.

Globalmente, “verificou-se um acréscimo de 10% dos inquiridos com mais de 65 anos que classificaram a sua saúde mental como boa ou muito boa, por comparação aos entrevistados entre os 18 e os 24 anos. O mesmo se verifica no caso da saúde social: um maior número de indivíduos com menos de 24 anos relatou ter saúde social regular ou fraca, por oposição aos inquiridos com mais de 65 anos”.

Aceda aqui as resultados completos.