Helder Mota Filipe visita ULS de Santa Maria 130

O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos (OF), Helder Mota Filipe, visita hoje, a Unidade Local de Saúde de Santa Maria, numa das suas últimas iniciativas integradas no programa das comemorações do Dia do Farmacêutico 2024.

O representante dos farmacêuticos, segundo referido em comunicado, será recebido pelo presidente do Conselho de Administração, Carlos das Neves Martins, e visita em seguida os Serviços Farmacêuticos e o Serviço de Patologia Clínica, onde trabalham mais de 60 farmacêuticos, farmacêuticos especialistas e farmacêuticos residentes nas áreas da Farmácia Hospitalar e das Análises Clínicas. No ano passado, alguns destes profissionais apresentaram escusas de responsabilidade devido à escassez de recursos técnicos e humanos, que condicionam a sua atividade e a segurança dos cuidados prestados em ambiente hospitalar.

“Estes farmacêuticos denunciaram que o aumento do número de doentes e das preparações farmacêuticas, e da sua complexidade, nomeadamente na área da quimioterapia, contrasta com a redução do número de farmacêuticos e outros profissionais afetos ao serviço, devido às condições precárias da sua carreira profissional, com uma grelha salarial que não é revista desde o século passado (1999)”, lê-se no comunicado.

 

“Esquecidos e marginalizados”

“Temos centenas de colegas descontentes e desmotivados. Profissionais com reivindicações que se arrastam há várias décadas. Sem que os sucessivos Governos e as autoridades do setor lhes deem a valorização e o reconhecimento que lhes é devida”, disse o bastonário no discurso que assinalou do Dia Nacional do Farmacêutico.

“Não será compreensível nem aceitável para OF (e penso poder falar por cada um dos farmacêuticos) que outras classes profissionais da saúde vão tendo as suas condições salariais revistas recentemente, e muito justamente, ficando os farmacêuticos mais uma vez esquecidos e marginalizados”, acrescentou ainda.

Helder Mota Filipe lembra que a OF deve garantir que os farmacêuticos dispõem das condições necessárias para prestarem os melhores serviços aos utilizadores finais dos serviços. “Essas condições claramente não estão cumpridas em muitos serviços do Serviço Nacional de Saúde e isso é um assunto a que a Ordem não pode ser alheia. Por essa razão continuaremos a lutar pela alteração de uma situação que se vem perpetuando desde há décadas” assegura.