Hepatite C: «Não há quase nenhum doente que não fique curado» – Especialista 09 de Junho de 2016 O vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Gastroenterologia elogiou o programa para tratar a hepatite C com medicamentos inovadores, em vigor em Portugal desde fevereiro de 2015, realçando que «não há quase nenhum doente que não fique curado». A taxa de doentes curados tem oscilado entre os 95 e os 96%. Dos 2.810 tratamentos finalizados, 2.702 estão curados e 108 não, ou seja, a taxa de insucesso é de 4%. As previsões apontam que, entre o final deste ano e fevereiro de 2017 estarão curados 7.300 doentes, ou seja, cerca de metade dos pacientes que estão inscritos nos hospitais do SNS, noticiou o “DN”. Luís Mendão, presidente do Grupo Português de Ativistas sobre Tratamentos de VIH/SIDA (GAT), também está muito satisfeito com os resultados do programa de tratamento, referindo que «as taxas de sucesso são esplêndidas» e que do ponto de vista da eficácia «os resultados são muito bons». Mas aponta: «Se não houver um novo impulso para iniciar novo tratamento com rapidez, podermos ter dificuldades em cumprir o acordo que era de tratar até 13 mil doentes e com isso não conseguirmos o melhor preço por tratamento». Luís Mendão considera haver «um abrandamento significativo de tratamentos iniciados». O dirigente do GAT revela que «existem locais, como o Algarve, onde há mais pessoas com tratamento aprovado, mas que ainda não o iniciaram. Tem de se esclarecer a razão». O INFARMED adianta que o acordo «tem vigência de dois anos e considera um universo de 13 000 doentes. Ainda não foi concluído o período de vigência pelo que não se pode afirmar que o acordo não será cumprido. Podemos adiantar que o mesmo corre como estipulado, sendo que o processo de renegociação previsto e já anunciado publicamente, ainda se encontra numa fase precoce». |