A Holigen, do grupo Flowr anunciou que já recebeu, através da subsidiária portuguesa RPK Biopharma, a autorização do Infarmed para plantar canábis no concelho alentejano de Aljustrel, para fins medicinais.
Em comunicado, a Flowr indica que também já recebeu uma licença de exportação da instituição “Health Canada” para enviar uma remessa inicial de clones de canábis para Portugal, a partir do seu campo de Kelowna, no Canadá.
De acordo com um comunicado emitido pela Flowr, esta autorização “é uma das maiores licenças de cultivo exterior de THC – tetra-hidrocanabinol (a principal substância psicoativa encontrada nas plantas de canábis) no mundo desenvolvido e será instrumental no fornecimento em larga escala e a baixo custo de extrato de canábis para ingredientes farmacêuticos ativos e óleos no mercado europeu”.
Segundo a Flowr, a Holigen está “na fase final de receber todas as licenças necessárias para operar em Aljustrel” e este já foi “designado como Projeto de Interesse Nacional (PIN) pelo Governo português”, o que “permite mover rapidamente o projeto entre processos de licenciamento e potencia o acesso ao financiamento”.
Para além do projeto para Aljustrel, está previsto outro espaço em Portugal, esta “é uma das duas instalações em desenvolvimento pela Holigen para produção, extração e fabrico de canábis em Portugal”, sendo a outra em Sintra.
Em Aljustrel, a Holigen irá ter uma propriedade com mais de 650 mil metros quadrados, com instalações de processamento e fabrico, que deverão apoiar planos de distribuição de produtos medicinais e ingredientes farmacêuticos ativos em mercados na Europa, na Austrália e na Ásia. Para além disso vai ter uma zona de cultivo e uma plantação de canábis com uma capacidade potencial anual combinada de flores secas de canábis de aproximadamente 500 mil quilogramas.
A Holigen retende investir 45 milhões de euros na produção de canábis medicinal e espera criar 200 postos de trabalho nos próximos quatro anos em Portugal.