Hospitais de Coimbra dizem que prémios são gratificantes para os profissionais
06-Junho-2014
O presidente do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) assumiu ontem que o Prémio Saúde Sustentável em cuidados hospitalares, recebido pela instituição na quinta-feira, em Lisboa, é «gratificante para os profissionais do hospital e para a cidade».
«O prémio é gratificante para o hospital mas, acima de tudo, para os profissionais e para Coimbra», disse à agência “Lusa” José Martins Nunes, presidente do conselho de administração do CHUC, sublinhando que o prémio contribui «para a marca Coimbra», cidade «muito que está muito ligada à saúde».
O presidente do conselho de administração do CHUC prevê que o hospital atinja este ano um EBITDA zero (resultados antes de juros, impostos, depreciação e amortização), algo que só estaria previsto acontecer em 2015.
De acordo com José Martins Nunes, tal foi possível graças à «diminuição de custos operacionais e aumento da eficiência» nos diferentes serviços, que são também «resultado da fusão» realizada e das reformas levadas a cabo nos últimos anos.
O prémio Saúde Sustentável, promovido pelo “Jornal de Negócios” e pela farmacêutica multinacional Sanofi, com a parceria da Accenture, vem juntar-se à medalha de Ouro atribuída pelo Ministério da Saúde, em abril, e também ao primeiro lugar alcançado no ranking dos hospitais públicos, em fevereiro.
Além do prémio Saúde Sustentável em cuidados hospitalares, o CHUC recebeu igualmente uma menção honrosa em sustentabilidade económico-financeira.
Um «maior rigor na prescrição de medicamentos», com uma diminuição de 05% da fatura, «a inovação assistencial, a concentração de serviços não clínicos e o aumento de receitas próprias» foram algumas das medidas apontadas pelo presidente do CHUC.
Também na área da internacionalização, especialmente na vertente de formação e investigação, o CHUC apresenta receitas que deverão rondar os quatro milhões de euros, avançou.
«Estamos a apanhar agora os ganhos das reformas realizadas em 2012 e 2013», sublinhou José Martins Nunes.
Para José Martins Nunes, o prémio é uma recompensa para «os profissionais, que, apesar das dificuldades, têm disponibilidade para ajudar o hospital», que «consegue liderar em algumas áreas a nível nacional».
Neste momento, o hospital pretende realizar a concentração física dos seus laboratórios nos próximos «dois ou três meses» e melhorar o acesso ao CHUC, nomeadamente na remodelação do front office das urgências» e na reorganização do estacionamento, acrescentou.
Criado em 2011, o CHUC agrega os hospitais da Universidade de Coimbra e Geral (vulgarmente conhecido por Hospital dos Covões), as maternidades Daniel de Matos e Bissaya Barreto, o Hospital Pediátrico e o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra.
O CHUC tem, de momento, mais de 7 mil profissionais, tendo registado em 2013 62 mil cirurgias, 880 mil consultas externas e 286 mil urgências.
Centro Hospitalar de Coimbra prevê reduzir em um terço a duração em internamento
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) prevê reduzir em um terço a duração média em internamento dos doentes em 2014, informou o conselho de administração do hospital.
A duração média de internamento em 2013 foi de oito dias no CHUC e prevê-se que este ano se reduza para 5,5 dias, o que para José Martins Nunes, presidente do conselho de administração do hospital, é um «tempo médio mais eficiente», apesar de algumas áreas ainda apresentarem «níveis altos» de duração de internamento.
Também a percentagem de cirurgias de ambulatório, que tinha aumentado de 48% para 52% de 2012 para 2013, deverá ficar muito próxima dos 60% no final de 2014.
Este aumento permite uma «diminuição de custos, mas também um aumento da qualidade de tratamento do paciente e uma diminuição do risco de infeções», aclarou o presidente do CHUC.
A cirurgia em ambulatório é caracterizada por menor tempo de internamento, que no máximo atinge as 24 horas.
José Martins Nunes destacou as reformas levadas a cabo nos últimos anos assim como a criação do Centro de Trauma Tipo I, o Centro de Tumores Oculares, o Centro Nacional de Ensaios Clínicos, o Centro de Trauma Psicogénico e a Unidade de Cirurgia do Ambulatório.
O CHUC procura ainda aumentar «o número de cirurgias» e focar-se «nas doenças complexas», sendo essa componente um «fator diferenciador», afirmou o presidente do conselho de administração, recordando que o hospital foi líder em todos os transplantes, «menos nos hepáticos de adultos».