Os hospitais portugueses já podem receber os medicamentos Imunoglobulina Humana Normal para via Intravenosa, Albumina humana e Factor VIII da coagulação humano, resultantes do fracionamento de plasma de origem nacional, proveniente de dádivas de sangue de dadores benévolos, feito pela Kedrion Biopharma.
A produção destes medicamentos, como explicado em comunicado, foi feita a partir de 60.000 litros de plasma recolhidos em Portugal ao longo de 2023 e dá continuidade ao cumprimento de um dos objetivos do Plano Estratégico do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) que visa contribuir para a autossuficiência do país em alguns derivados do plasma.
“A entrega dos medicamentos derivados de plasma nacional aos hospitais contribui para a sucessiva e tendencial redução da dependência de importação, de acordo com o Programa Estratégico Nacional”, declarou, no comunicado citado, o Conselho Diretivo do IPST, acrescentando que “o aproveitamento de plasma português permite produzir medicamentos que, em muitos casos, salvam vidas e tratam milhares de pessoas que sofrem de doenças graves. Este ciclo permite gerar uma poupança para o país, o que por sua vez contribui para a sustentabilidade do sistema de saúde”.
Os medicamentos derivados do plasma humano podem ser utilizados em doenças raras, genéticas e crónicas como a hemofilia e imunodeficiências. Por outro lado, podem também ser utilizados em situações de trauma, doentes queimados e em procedimentos de cuidados intensivos – incluindo cirurgias, tratamentos oncológicos e transplante de órgãos.