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Hospitais pouparam quase 30 milhões de euros só com três genéricos

 


26 de dezembro de 2017

O uso de três medicamentos genéricos pelos hospitais portugueses permitiu a poupança de quase 30 milhões de euros nos primeiros dez meses deste ano.

De acordo com dados do INFARMED, avançados pelo “DN”, só um tratamento oncológico e outro para combater o VIH contribuíram em 25,5 milhões de euros, para a redução da despesa hospitalar.

O terceiro medicamento é um antibiótico que ajudou na poupança de 2,2 milhões de euros.

O mercado de genéricos tem possibilitado poupanças significativas que nalgumas moléculas é superior a 95% de redução de preço, ilustra na prática Armando Alcobia, da Comissão de Farmácia e Terapêutica do Hospital Garcia de Orta, de Almada.

Alguns exemplos concretos com grande impacto nas contas dos hospitais foram os medicamentos oncológicos (docetaxel, paclitaxel, capecitabina, temozolamida) e antibióticos de aplicação endovenosa (piperacilina + tazobactam, com redução de cerca de 90%; e imipenem e meropenem, com reduções superiores a 80%).

No caso do já referido imatinib (medicamento para tratamento de doenças hematológicas), «tinha um custo por comprimido de 70 euros e que, no espaço de menos de um ano, foi reduzido para menos de dois euros. Se em 2016 foram consumidos cerca de 30 milhões de euros deste medicamento, será de prever uma redução bem superior a 20 milhões», sublinha o especialista em farmácia hospitalar, que ainda assim alerta que «estas diferenças de preço não podem comprometer a qualidade do medicamento e reduções de preço desta magnitude podem levar ao abandono do mercado de alguns fornecedores, levando a ruturas no fornecimento destes medicamentos, o que constitui um problema sentido na Europa e nos Estados Unidos», noticiou o “DN”.