22 de Fevereiro de 2016 Os hospitais portugueses vão ser premiados ou penalizados mediante os tempos de espera apresentados relativos a consultas, cirurgias e urgências. Esta medida irá refletir-se no financiamento destas unidades de saúde, previsto nos contratos-programa de 2016 para os hospitais. Segundo o plano estratégico da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), os tempos de espera vão ter de diminuir 25% até 2017, o que significa que, só na cirurgia, poderão aproximar-se da mediana de dois meses. Questionada pelo “DN”, a ACSS refere que serão introduzidas várias iniciativas. Vai haver ajustamento «da forma como se efetua o pagamento da atividade hospitalar – incentivando o cumprimento e penalizando o incumprimento». Neste caso, esclarece, pode haver penalizações até 1% do orçamento atribuído em cada ano mas também prémios até 5% quando as metas são cumpridas. Carlos Martins, presidente do conselho de administração do CHLN, diz que, «em abstrato, estas medidas que estimulam quem cumpre e penalizam quem falha fazem sentido. Mas é preciso que estes comportamentos se verifiquem de forma sistemática. Há casos pontuais, em que é preciso tempo, como aconteceu com a saída de médicos na cirurgia plástica, que fez disparar os tempos de resposta», exemplifica. E deve ser premiado quem faz investimentos, melhora resultados e consegue travar problemas de acesso. «Na psiquiatria, por exemplo, passámos de 125 para 15 dias de espera. Devia haver incentivos para isso. Eu fi-lo, mas com recurso ao nosso orçamento». |