Hospitais privados apoiariam envio de doentes para estrangeiro, se houvesse equilíbrio na oferta na saúde
02 de setembro de 2014
A Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) afirmou ontem que apoiaria autorizações prévias ao envio de doentes para o estrangeiro, «se a tutela acautelasse o equilíbrio de toda a oferta nacional de cuidados de saúde».
A propósito da publicação da lei do acesso a cuidados de saúde transfronteiriços, a APHP referiu, em comunicado, ver «com certa desilusão a transcrição da diretiva comunitária que lhe deu origem, que poderia ser o preâmbulo de uma livre circulação de doentes» no espaço europeu.
«A liberdade e a equidade ainda não chegaram à saúde, em especial em Portugal. As autorizações prévias exigidas por essa lei, além de serem ferozmente restritivas, são contraditórias, pois aceitam a liberdade de escolha do doente na sua deslocação ao estrangeiro, quando em Portugal essa liberdade é negada no acesso aos hospitais privados portugueses, alguns dotados de tecnologia única no país», afirmou o presidente da APHP, Artur Osório Araújo, citado no comunicado pela “Lusa”.
Para os hospitais privados, esta transcrição «nega a equidade e igualdade no acesso ao estabelecer financiamentos fortemente restritivos, em função de tabelas recém-criadas, com preços artificiais e que não incluem o pagamento de estadias e viagens».