Hospitais privados apoiariam envio de doentes para estrangeiro, se houvesse equilíbrio na oferta na saúde 542

Hospitais privados apoiariam envio de doentes para estrangeiro, se houvesse equilíbrio na oferta na saúde

02 de setembro de 2014

A Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) afirmou ontem que apoiaria autorizações prévias ao envio de doentes para o estrangeiro, «se a tutela acautelasse o equilíbrio de toda a oferta nacional de cuidados de saúde».

A propósito da publicação da lei do acesso a cuidados de saúde transfronteiriços, a APHP referiu, em comunicado, ver «com certa desilusão a transcrição da diretiva comunitária que lhe deu origem, que poderia ser o preâmbulo de uma livre circulação de doentes» no espaço europeu.

«A liberdade e a equidade ainda não chegaram à saúde, em especial em Portugal. As autorizações prévias exigidas por essa lei, além de serem ferozmente restritivas, são contraditórias, pois aceitam a liberdade de escolha do doente na sua deslocação ao estrangeiro, quando em Portugal essa liberdade é negada no acesso aos hospitais privados portugueses, alguns dotados de tecnologia única no país», afirmou o presidente da APHP, Artur Osório Araújo, citado no comunicado pela “Lusa”.

Para os hospitais privados, esta transcrição «nega a equidade e igualdade no acesso ao estabelecer financiamentos fortemente restritivos, em função de tabelas recém-criadas, com preços artificiais e que não incluem o pagamento de estadias e viagens».