Hospital do Litoral Alentejano recebe médicos de centro hospitalar de Lisboa 12 de Junho de 2015 O Hospital do Litoral Alentejano (HLA), no concelho de Santiago do Cacém, vai contar com médicos provenientes do Centro Hospitalar de Lisboa Norte, no qual se inclui o Hospital de Santa Maria, para colmatar as carências existentes. A especialidade de Imuno-hemoterapia, que se dedica ao tratamento de doenças através da utilização de sangue ou derivados, é a primeira a ser beneficiada pela colaboração entre a Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA) e o Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN), entidades que assinaram hoje um memorando de entendimento no HLA, sediado em Santiago do Cacém, no distrito de Setúbal. De acordo com o presidente da ULSLA, Jorge Sanches, «este era o caso mais premente» a atender, uma vez que o único especialista de Imuno-hemoterapia do hospital local, Carlos Aldeia, passou a acumular, recentemente, a função de médico com a de diretor clínico dos cuidados de saúde hospitalares da instituição. Jorge Sanches, que falava aos jornalistas à margem da cerimónia de assinatura do protocolo, indicou que «alguns profissionais» do Hospital de Santa Maria já se encontram no HLA para «iniciarem» serviço. «A lógica é que eles possam, através de uma mobilidade parcial, ocupar uma parte da sua semana aqui», explicou o presidente da ULSLA, que iniciou funções há cerca de um mês. Para o responsável, este é um «bom modelo», que poderá permitir a fixação de novos médicos nos serviços de saúde da costa alentejana. A colaboração entre as duas instituições, disse, poderá estender-se a outras especialidades médicas, entre as quais a Psiquiatria. No HLA «há um conjunto de especialidades que tem apenas um médico», referiu Jorge Sanches, o que compromete a prestação dos serviços em caso de «imprevistos». «Nós não queremos estar tão dependentes assim dessas questões. Precisamos de ter alternativas, não só para melhorar o serviço, mas também para garantir que, a qualquer momento, não possa haver uma rutura», realçou. Segundo o presidente do CHLN, Carlos Martins, a parceria com a ULSLA insere-se na missão de «proximidade» com as populações que a instituição prossegue e que se estende por alguns serviços de saúde nacionais, citou a “Lusa”. Neste âmbito, exemplificou, o CHLN assegura, quatro dias por semana, as consultas de Psicologia e de Psiquiatria do Centro Hospitalar das Caldas da Rainha, no distrito de Leiria. Para José Robalo, presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, o memorando de entendimento pode «fazer a diferença» para ultrapassar as carências de profissionais de saúde existentes na ULSLA, uma vez que as vagas que têm sido abertas nos concursos de colocação «ficam por ocupar». Prestar no HLA um serviço «com a dignidade a que as pessoas têm direito» e evitar que os doentes «tenham de se deslocar» para receber assistência médica, bem como atribuir médico de família a todos os utentes, são os objetivos da ARS enunciados por José Robalo. |