Hospital São João garante que tomou medidas para melhorar circuito do medicamento
07 de junho de 2017 O Centro Hospitalar São João (CHSJ), concelho do Porto, garantiu ontem que foram tomadas medidas para melhorar o circuito do medicamento nesta instituição, apontando que os interfaces para o registo da administração da terapêutica «encontram-se em testes técnicos». Este esclarecimento surge na sequência de uma notícia divulgada pela agência “Lusa” que dá nota de que uma auditoria da Inspeção Geral de Finanças (IGF) ao circuito do medicamento no CHSJ concluiu que os procedimentos de gestão, seleção e aquisição de medicamentos têm «insuficiências» e detetou «debilidades». Numa resposta escrita remetida à “Lusa”, o CHSJ enfatiza que a auditoria terminou em 2014 e que «desde então foram tomadas diversas iniciativas no sentido de melhorar todo o circuito do medicamento» nesta instituição, estando esta a «prestar toda a informação» à IGF. O CHSJ conta que foi atribuída a certificação no sistema de gestão da qualidade ISO9001/2015 aos serviços farmacêuticos, o que permite a melhoria contínua da gestão da qualidade dos processos em todo o circuito do medicamento. Os interfaces para o registo da administração da terapêutica foram, de acordo com os responsáveis, disponibilizados pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) a 31 de janeiro, encontrando-se em fase de testes técnicos. «Com esta implementação, será possível realizar o fecho do circuito do medicamento no CHSJ, permitindo uma melhor rastreabilidade e controlo na gestão de stocks, nomeadamente existências em armazém e consumo ao doente», explica a nota. Os responsáveis pelo centro hospitalar acrescentam que está em curso a implementação do fecho do circuito do medicamento para doentes oncológicos e preveem que a primeira fase esteja concluída no final deste mês e a segunda e última até ao final de 2017. O documento a que a “Lusa” teve acesso também referia que a auditoria, entre outras conclusões, revelou «insuficiências no Sistema de Contabilidade (SICC) que comprometem a integridade e a fiabilidade da informação, devido à falta de integração bidirecional automática de informação com o SGICM, e inviabilizam o adequado controlo do cumprimento da Lei dos Compromissos e dos Pagamentos em Atraso, devido a deficiências na numeração dos compromissos». «Outros aspetos dependem de entidades externas, por exemplo no que diz respeito à integração bidirecional do sistema de contabilidade», refere, por sua vez, a resposta do CHSJ que diz que quanto à questão da aquisição de medicamentos, a obrigatoriedade da aquisição centralizada por parte dos SPMS «é uma realidade em crescimento nos últimos anos, não podendo as instituições proceder a concursos autónomos». A este propósito, o CHSJ fala em «centralização» que «condiciona fortemente qualquer programação das aquisições por parte das unidades de saúde». «Todas as aquisições são autorizadas ou ratificadas pelo Conselho de Administração (CA), salvo algum erro na seleção das encomendas a remeter ao CA para esse efeito, dado o elevado volume de notas de encomenda emitidas», descreve a resposta do centro hospitalar, apontando os endereços online nos quais as bases de dados do medicamento podem ser consultadas. |