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Idosos que tomem mais do que cinco medicamentos devem ser sinalizados

 


31 de julho de 2017

Os médicos devem sinalizar e justificar obrigatoriamente os casos de idosos que tomam mais do que cinco medicamentos. Esta é uma medida defendida na Estratégia Nacional para o Envelhecimento Ativo e Saudável.

Pereira Miguel, coordenador do grupo de trabalho interministerial para a Estratégia do Envelhecimento Ativo e Saudável, disse à agência “Lusa” que a ideia não é estabelecer um limite para a prescrição ou toma de medicamentos, nem sobrecarregar os médicos com trabalho burocrático, mas sim alertar para as interações medicamentosas.

O documento, que vai ser colocado a partir de terça-feira em consulta pública, traça várias outras medidas para desenvolver políticas que melhorem a qualidade de vida das pessoas idosas.

O documento propõe também que sejam criadas uma espécie de “bandeiras vermelhas” para sinalizar idosos com necessidade especial de acompanhamento, como pessoas que recorrem mais às urgências ou que faltam sistematicamente a consultas ou até com sinais de negligência.

Neste programa deve ser fomentada a realização de avaliações regulares “com vista à deteção precoce de défices funcionais, défices psíquicos ou doenças crónicas a partir dos 50 anos” e tendo em conta as necessidades particulares de homens e mulheres. No caso de doentes com várias patologias sugere-se a adoção de um plano individual de cuidados.

A Estratégia para o Envelhecimento Ativo e Saudável define medidas que envolvem vários setores, da Saúde à Educação e passando pela Solidariedade e Segurança Social. Por isso, Pereira Miguel propõe a criação de uma comissão interministerial que acompanhe e monitorize o que se vai realizando e implementando.