IF: “Ainda falta um ecossistema mais robusto para transformar investigação em produtos comercializáveis” 476

Enquanto investidor, Raúl Saraiva, Chief Scientific Officer & Venture Partner da 3xP Global, considera que “Portugal tem captado investimentos significativos, muitos de origem internacional, em diversos setores. O setor farmacêutico não é exceção, com empresas de referência, sobretudo na produção de medicamentos, lideradas por gestores ambiciosos que têm feito crescer os seus negócios com mérito”.

Porém, para este interveniente na discussão ‘Why (not) Portugal?’ – relativa ao investimento da Indústria Farmacêutica (IF) em Portugal e nos portugueses, que terá lugar durante o painel ‘The Power of Will’ do RETHINKING PHARMA, a reunião magna dos profissionais da Indústria Farmacêutica, que acontece dia 5 de junho no Centro de Congressos do Lagoas Park – o maior desafio “continua a ser a inovação: a criação de novos fármacos e o desenvolvimento de produtos próprios, desde a descoberta em colaboração com o meio académico até aos ensaios clínicos e registo”.

Apesar de uma base científica sólida, “ainda falta um ecossistema mais robusto para transformar investigação em produtos comercializáveis”. No entanto, segundo o investidor, “há sinais encorajadores, com dinâmicas promissoras que indicam um futuro mais competitivo e inovador para o sector”.

 

“A dependência excessiva de apoios públicos”

O NETFARMA questionou ainda Raúl Saraiva se Portugal está condenado a empresas ‘pequeninas’ e se o maior entrave é a falta de ambição e o receio de arriscar, tão característicos do ‘fado português’.

“Não estamos condenados a nada disso, nem vejo o ‘fado português’ como um verdadeiro obstáculo”, refere o investidor, argumentando que “o maior entrave tem sido a dependência excessiva de apoios públicos, que pode atrasar projetos com potencial. O setor precisa de maior disponibilidade de capital privado nacional, que ainda não compete com outros mercados europeus”.

Posto isto, o chief scientific officer acredita que “projetos com ambição global têm todas as condições para atrair investimento internacional. Não há preconceito contra iniciativas portuguesas – a avaliação é sempre feita pelo mérito. O que falta é maior exposição e tradição na captação desse capital, mas isso não pode servir de desculpa”.

Por outras palavras, “Portugal tem talento, conhecimento e capacidade para ser altamente competitivo no setor da saúde”, conclui

 

‘Why (not) Portugal?’

O debate será moderado por Joana de Almeida, Head of Healthcare Abu Dhabi & Kuwait do Portuguese Business Council e Conselheira da Diáspora Portuguesa Médio Oriente e Saúde.

À moderadora, além de Raúl Saraiva, juntam-se Nuno Prego Ramos, Founder & CEO da Valviane Joana Piriquito Santos, Founding Partner na NLP Law Firm.

Conheça o programa do RETHINKING PHARMA e reserve o seu lugar aqui.

RETHINKING PHARMA é uma iniciativa da PHARMAPLANET em parceria com a revista MARKETING FARMACÊUTICO, o meio de referência do setor. Este evento conta com o patrocínio da RANGEL LOGISTICS SOLUTIONS e da OCP Portugal, e com o apoio da P-BIO e da Associação Portuguesa dos Profissionais de Marketing (APPM) . A revista FARMÁCIA DISTRIBUIÇÃO, FARMÁCIA CLÍNICA e o Portal NETFARMA são media partners do evento.