IMC e WHrT podem ajudar a diferenciar pessoas com ou sem diagnóstico de hipertensão 20

Um estudo revelou que o Índice de Massa Corporal (IMC) e o Rácio Cintura/Estatura (WHtR) podem ajudar a diferenciar pessoas com ou sem diagnóstico de hipertensão, alertando, no entanto, para as diferenças existentes nas várias regiões do mundo na análise deste problema de saúde.

A investigação, segundo refere a Universidade de Coimbra (UC) no seu portal, foi realizada pela rede de cientistas da área da saúde NCD Risk Factor Collaboration, em colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS), e coordenada pelo Imperial College London, tendo contado com a participação de três investigadores da UC: o docente da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física, Aristides Machado-Rodrigues; a docente do Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia e coordenadora do Centro de Investigação em Antropologia e Saúde (CIAS), Cristina Padez; e a docente do Departamento de Geografia e Turismo e investigadora do CIAS e do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território, Helena Nogueira.

 

O que concluiu o estudo

No âmbito desta investigação internacional, publicada na The Lancet, foram analisados dados de 837 estudos epidemiológicos anteriores, referentes a cerca de 7,5 milhões de pessoas adultas, com idades compreendidas entre os 20 e os 64 anos de idade, oriundas de 181 países, para compreender a associação entre o IMC e a relação cintura-estatura (WHtR), entre os anos de 1990 e 2023.

Constatou-se que “o Índice de Massa Corporal pode ser usado como um indicador com precisão moderada a elevada para a diferenciação de pessoas adultas jovens e de meia-idade, com maiores e menores quantidades de adiposidade abdominal”, explicam Aristides Machado-Rodrigues, Cristina Padez e Helena Nogueira, ao portal da UC, acrescentando que “para o mesmo valor de IMC, as pessoas do Sul da Ásia, da América Latina e das Caraíbas, bem como da região da Ásia Central, Médio Oriente e do Norte de África, apresentam valores do rácio cintura/estatura mais elevados comparativamente às outras regiões do globo”.

Estas informações podem, futuramente, “justificar valores de corte diferenciados de rastreio se, ao nível dos cuidados de saúde primários, forem considerados limites específicos de adiposidade abdominal em função do sexo e da região geográfica”, salvaguardam os investigadores.

Pode consultar o artigo aqui.