Incidência de cancro colorretal está a aumentar em adultos mais jovens – estudo 1093

A incidência de casos de cancro colorretal está a aumentar em pessoas com menos de 50 anos, embora haja tendência de diminuição ou a estabilizar na população mais velha.

O cancro colorretal é o terceiro tipo de cancro mais comum em termos mundiais. No ano passado, estima-se que tenham sido diagnosticados 1,8 milhões de novos casos e que tenham morrido da doença mais de 880 mil pessoas. Em Portugal identificam-se cerca de sete mil novos casos de cancro colorretal por ano.

O cancro colorretal é o terceiro tipo de cancro mais comum em termos mundiais. No ano passado, estima-se que tenham sido diagnosticados 1,8 milhões de novos casos e que tenham morrido da doença mais de 880 mil pessoas. Em Portugal identificam-se cerca de sete mil novos casos de cancro colorretal por ano.

Um estudo publicado na revista científica “The Lancet” analisou os registos oncológicos de vários anos em sete países: Austrália, Canadá, Dinamarca, Irlanda, Noruega, Nova Zelândia e Reino Unido. Em todos os países estudados foi detetado um declínio ou estabilização da incidência dos casos de cancro do cólon e do reto, sendo que foram analisados dados desde que cada um dos países tem registos até 2014.

Contudo, analisadas isoladamente as faixas etárias abaixo e acima dos 50 anos, os dados apontam em sentido contrário. Nas pessoas que têm menos de 50 anos a incidência aumentou, avança a agência “Lusa” em notícia.

O estudo informa que será necessária análise adicional para definir as causas deste aumento e para estabelecer eventuais políticas preventivas e de deteção precoce, já que a diminuição da incidência em pessoas acima dos 50 anos é atribuída, de forma considerável, à implementação de rastreios.

Outro estudo divulgado pelo “British Medical Journal” avança dados semelhantes, na Europa, afirmando que o cancro colorretal está a subir nos adultos na faixa entre os 20 e os 49 anos.

«As taxas aumentaram mais acentuadamente entre o grupo etário mais jovem (20-29 anos)», notam os investigadores, advertindo que, se a tendência persistir, as diretrizes de triagem podem precisar de ser reconsideradas.

Os investigadores utilizaram dados de 143,7 milhões pessoas com idade entre 20-49 anos de 20 países. Entre 1990 e 2016, um total de 187.918 pessoas foram diagnosticados com cancro do intestino e houve um aumento acentuado no número de casos novos nos últimos anos.

Entre os 20 e os 29 anos de idade, a incidência desta doença subiu de 0,8 para 2,3 casos por 100.000 pessoas entre 1990 e 2016, e o aumento mais acentuado foi entre 2004 e 2016, de 7,9% por ano.

Para o grupo de 30-39 anos de idade, a incidência aumentou menos abruptamente do que na faixa etária mais jovem, em média de 4,9% ao ano de 2005 a 2016.

No grupo etário 40-49 anos, as taxas caíram 0,8% entre 1990-2004, mas aumentaram ligeiramente em 1,6% ao ano de 2004 para 2016.

Segundo o estudo, novos casos de cancro de intestino aumentaram significativamente entre as pessoas com idades entre os 20 e os 39 em 12 países.