Índia produz quase tantos medicamentos para o Reino Unido como os que são fabricados localmente 08-Jan-2014 De acordo com dados da Agência britânica de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA, na sigla inglesa), a Índia está a fabricar quase tantos fármacos para o Reino Unido como aqueles que são produzidos na Grã-Bretanha, revelou o “Financial Times”. Os dados indicam que a agência autorizou que as fábricas indianas produzam formulações finais de 3.685 medicamentos, versus 3.815 fabricados no Reino Unido, colocando as companhias indianas à frente de outras produtoras de medicamentos estrangeiras. As conclusões, cita o “Firstword”, também refletem que os produtores indianos são responsáveis por um quarto das vendas de todos os fármacos consumidos no Reino Unido, salientou o referido jornal. Gerald Heddel, diretor de inspeções, fiscalização e normas da MHRA, afirmou que «se observarmos a 110 ações inspetivas que realizámos nos últimos dois anos na Índia, registámos problemas em nove ou dez empresas». Contudo, acrescentou, «tal não representa uma proporção estatisticamente maior face a outras regiões a nível global. A Índia apenas se destaca por ser uma enorme fornecedora». A MHRA emitiu, em julho de 2013, um alerta de importação da fábrica de Wockhardt Waluj, em Aurangabad, na Índia, e mais tarde, revogou um certificado de boas práticas de fabrico nas instalações da empresa Chikalthana, que se encontrava sob um alerta de importação desde setembro de 2008 nos EUA. A MHRA indicou que está a analisar como um alerta de importação imposto pela FDA à fabrica de Mohali, da Ranbaxy, em setembro no ano passado, pode afetar os medicamentos ali produzidos e que se destinam ao mercado britânico. Entretanto, as unidades de produção de Paonta Sahib e Dewas, também da Ranbaxy, estão sob um alerta de importação nos EUA desde setembro de 2008. O CEO da Ranbaxy, Arun Sawhney, assinalou que «as expetativas das agências reguladoras em todo o mundo estão a aumentar, pelo que temos de continuar a elevar os padrões dos nossos processos para estar à frente dessas mudanças». O responsável acrescentou que «estamos certos que os esforços em curso a esse respeito irão permitir que possamos sair mais fortalecidos nos nossos padrões de qualidade e conformidade». |