Índice de confiança dos portugueses aumentou em relação ao SNS 736

De acordo com o inquérito da Deco Proteste, divulgado esta segunda-feira, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) surgiu em quinto lugar no índice de confiança dos portugueses (6,3) em relação à missão, atividade e estrutura das organizações.

A gestão da pandemia da covid-19 contribuiu para melhorar a imagem que os portugueses têm das autoridades de saúde. Em comparação com o inquérito de 2016, o índice de confiança no SNS passou de 5,1 para 6,3.

Em Portugal, o ensino público surge destacado no índice de confiança, com a nota mais alta (6,9). Em segundo lugar, no que respeita à confiança dos portugueses, foi referido o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com cerca de 6,7. Seguiram-se o Exército (6,6) e as Autoridades de Segurança Pública (6,5).

Segundo a nota da Deco Proteste, foi pedido aos inquiridos para atribuírem uma classificação de 1 a 10 para medir os níveis de confiança nas instituições. Ainda assim, no inquérito da Deco Proteste, o grau de conhecimento e de confiança no SNS oscilou em função das perguntas. Um terço dos inquiridos, por exemplo, desconhece o valor das taxas moderadoras em vigor no SNS, enquanto 40% dos participantes não sabem como apresentar uma reclamação dos serviços prestados.

Metade dos portugueses confia pouco no SNS para responder atempadamente às suas necessidades, sobretudo devido ao aumento das listas de espera com a pandemia.

No panorama internacional, a gestão da pandemia da covid-19 pela Organização Mundial de Saúde não afetou a confiança dos cidadãos na instituição. Em comparação com o inquérito de 2016, passou de 5 para 5,8. No entanto, uma percentagem relevante dos inquiridos (41%) não acredita na independência da OMS perante os interesses da indústria farmacêutica ou dos governos.

De uma forma geral, os cidadãos revelam um enorme desconhecimento sobre as organizações nacionais e internacionais, nomeadamente em relação ao que fazem, como atuam ou estão organizadas.

Este estudo foi realizado em quatro países, entre abril e maio de 2021. Uma amostra da população adulta, entre os 18 e os 75 anos, recebeu questionários online ou em papel. No total, obtiveram-se 5.314 respostas válidas, das quais 1.516 foram em Portugal. Os resultados espelham as opiniões e as experiências dos portugueses inquiridos.