INEM encaminhou quase 650 casos de enfarte para a via verde coronária em 2013 14-Fev-2014 O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) encaminhou no ano passado um total de 646 casos de Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM) para a Via Verde Coronária, informou hoje aquele serviço. Os distritos com maior incidência nestes encaminhamentos foram Lisboa e Porto, com 158 e 127 casos, respetivamente. Os dados disponíveis, compilados pela primeira vez pelo INEM, mostram ainda o encaminhamento de 72 casos no distrito de Faro e 44 no distrito de Braga. Segundo os dados estatísticos, em 72,85% dos casos passaram-se menos de duas horas entre a identificação dos sinais e sintomas e o encaminhamento da vítima para esta Via Verde. Em 20,25% dos casos, o processo foi efetuado entre duas e 12 horas de evolução da sintomatologia. Os restantes 6,90% dos casos dizem respeito a situações com mais de doze horas de evolução. O INEM alerta que para melhorar esta situação é essencial conhecer os sintomas de alerta do EAM – dor no peito de início súbito, com ou sem irradiação ao braço esquerdo, costas ou pescoço, suores frios intensos, acompanhados de náuseas e vómitos – e ligar de imediato o Número Europeu de Emergência, o 112. «Ligar o Número Europeu de Emergência – 112 e transmitir a informação de forma clara é o procedimento mais adequado para o correto encaminhamento de doentes para esta Via Verde», sublinha o INEM em comunicado, citado pela “Lusa”. Um estudo divulgado na quinta-feira pela Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) revela que a maioria dos portugueses ainda não reconhece os sintomas de enfarte e, embora quase todos afirmem que, perante um ataque cardíaco, se deve ligar o 112, menos de metade efetivamente o faz. O estudo concluiu ainda que 95% dos entrevistados reconhecem que, se estiverem perante uma situação de enfarte devem ligar o número de emergência médica, mas apenas 38% efetivamente o faz. Na prática, ainda muitas pessoas optam por chegar a uma unidade hospitalar pelos próprios meios, ligar a um familiar ou amigo, ou desvalorizar os sintomas. |