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INEM sem fichas em papel para registo de dados clínicos dos doentes

03 de Novembro de 2015

Os técnicos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) estão há quase uma semana sem os formulários em formato papel que servem para registar os dados clínicos dos doentes que transportam. As fichas, conhecidas como verbetes, preenchidas em duplicado de forma a que quer os hospitais, quer o INEM fiquem com o registo das informações, acabaram. 

 

«O INEM deixou acabar o stock e até agora os blocos de verbetes não foram repostos. Não há qualquer explicação para já», disse o  presidente do Sindicato dos Técnicos de Ambulância de Emergência (STAE), Ricardo Rocha.

 

Em resposta ao “Público”, o INEM não alude a falhas de orçamento, apesar de algumas fontes indicarem esse motivo. Confirma e diz que se a falta de verbetes se deve «à necessidade de solicitar uma alteração do orçamento do instituto, processo que carece de autorização da tutela e do Ministério das Finanças». Concluído esse processo, «necessário para efetuar a compra», o «INEM efetuou a adjudicação da produção de verbetes “em papel”, solicitando a máxima urgência no fornecimento dos mesmos sendo expectável que sejam entregues os primeiros lotes durante esta semana e que esta situação fique regularizada até ao fim da primeira quinzena do corrente mês», explica o INEM.

 

De acordo com o dirigente sindical – e o INEM confirma-o – atualmente a solução «tem sido usar fotocópias que, porém, podem não ter validade legal caso sejam requeridas por um tribunal num processo qualquer». Em causa, segundo Ricardo Rocha, está o facto de cada verbete ter um número único de registo «e as fotocópias estarem a ser feitas todas com o mesmo número». No entanto, cada cópia continua a ter um número de ocorrência de emergência diferente atribuído pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes.