INFARMED abre inquérito a esquema de importação ilegal de vacinas da gripe 20-Jan-2014 A Autoridade Nacional do Medicamento (INFARMED) abriu um inquérito ao nível nacional para averiguar um esquema de importação ilegal de vacinas da gripe desde Espanha, disse à agência “Lusa” fonte do Ministério da Saúde (MS). A mesma fonte disse que o esquema foi detetado pelas autoridades após as buscas realizadas no âmbito da operação “Consulta Vicentina”, liderada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e Polícia Judiciária e inserida no combate à fraude com receituário do Serviço Nacional de Saúde no passado dia 8 de janeiro, tendo sido aberto um inquérito na semana passada. Fonte do Ministério disse ainda que o INFARMED vai avançar com uma ação ao nível nacional para averiguar outros casos semelhantes. Contactada pela “Lusa”, a Procuradoria-Geral da República disse que todas as investigações relacionadas com fraude no Serviço Nacional de Saúde encontram-se em segredo de justiça. O “Diário Económico” adianta na sua edição de hoje que o esquema foi detetado no âmbito da “Consulta Vicentina”, numa altura em que as farmácias nacionais esgotaram os seus stocks. De acordo com o jornal, a importação das vacinas da gripe pode trazer prejuízos para a saúde pública, uma vez que o transporte terá sido realizado sem as medidas de segurança (transportadas sob refrigeração). A operação “Consulta Vicentina” levou a 8 de janeiro à detenção de dez médicos e farmacêuticos, quatro mulheres e seis homens, entre os quais uma médica estrangeira. A ação de fiscalização conjunta entre a Polícia Judiciária, a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde e o INFARMED decorreu na zona de Lisboa e do Algarve, tendo sido feitas buscas a farmácias e unidades do SNS. De acordo com o DCIAP, foram realizadas 33 buscas, entre domiciliárias, não domiciliárias e a consultórios médicos, e foi apreendido diverso material relacionado com a prática da atividade criminosa em investigação. Também foram constituídas arguidas outras pessoas singulares e coletivas. A mesma fonte não soube precisar o montante da fraude, referindo apenas que é bastante elevado. |