O mercado está com dificuldades de abastecimento dos medicamentos com sucralfato– Ulcermin, 1000 mg, comprimido; Ulcermin, 1000 mg/5 ml, suspensão oral; Sucralfato Generis 1 g/5ml suspensão oral, 1000 mg/5 ml, suspensão oral –, utilizados no tratamento de úlcera péptica (gástrica ou duodenal), de esofagites de refluxo e para a prevenção da úlcera de stresse.
A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) informou, através de uma circular informativa publicada no seu site ontem, que estes medicamentos (nas formas farmacêuticas de comprimido e suspensão oral) têm apresentado, desde há algum tempo, “dificuldade de abastecimento, decorrente da limitação na capacidade de produção, por parte dos dois titulares de AIM [autorização de introdução do mercado] que comercializam estes fármacos no mercado nacional”.
Profissionais de saúde
Após consulta à Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica, o Infarmed recomenda aos profissionais de saúde que, “não obstante a importância reconhecida do sucralfato, existem alternativas seguras e eficazes para os doentes em tratamento”, nomeadamente “os antiácidos, em particular os que contêm alginato e os inibidores da bomba de protões (IBP). Em alternativa aos IBP, ou em alguns casos concomitantemente, poderão ainda ser utilizados antagonistas dos recetores H2 (famotidina)”.
Assim sendo, a prescrição de sucralfato “apenas deverá ocorrer nos casos em que os doentes não tolerem as alternativas disponíveis”.
Distribuidores por grosso
A autoridade reguladora recomenda “que seja feita uma distribuição equitativa e criteriosa das embalagens disponíveis por todas as farmácias”, acrescentando ainda que “a exportação destes medicamentos encontra-se proibida e assim se manterá até que o abastecimento destes medicamentos esteja normalizado”.
Utentes
Atendendo à dificuldade de abastecimento, caso as pessoas não consigam adquirir o medicamento, o Infarmed aconselha a contactar “o médico ou farmacêutico para que lhe seja indicada uma alternativa terapêutica”.