Infarmed anuncia novas medidas na administração de medicamentos com leuprorrelina 2616

A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. (Infarmed), publicou no seu portal, uma circular sobre as novas medidas para evitar erros de administração de medicamentos contendo leuprorrelina de libertação prolongada1 (formulação depot) para evitar erros de manuseamento que podem resultar em subdosagem e falta de eficácia.

Estas recomendações partem não só do Infarmed, mas também da Agência Europeia do Medicamento (EMA na sigla inglesa), devido a notificações recebidas de “erros de manuseamento em doentes que conduzem à administração de doses subterapêuticas destes medicamentos. Estes erros estão relacionados com a reconstituição inadequada (que envolve múltiplas etapas, para algumas formulações), o uso incorreto da seringa ou da agulha, e a injeção incorreta do implante de leuprorrelina”, explica o Infarmed.

Posto isto, o “Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância (PRAC) recomenda que o Resumo das Características do Medicamento e o Folheto Informativo destes medicamentos sejam atualizados com a inclusão de advertências para seguimento rigoroso das instruções de preparação e administração, bem como monitorização dos doentes em que ocorra erro de manuseamento”, acrescenta a Autoridade do Medicamento.

“Adicionalmente foi solicitada, ao titular de autorização de introdução no mercado (AIM) do medicamento Eligard, a substituição do atual dispositivo de administração e, ao titular da AIM do medicamento Lutrate Depot, a alteração da embalagem e revisão das instruções de utilização para facilitar a sua localização e clarificar as etapas de preparação e administração do medicamento”, indica no seu portal.

O Infarmed aconselha ainda que estes “medicamentos sejam apenas administrados por profissionais de saúde familiarizados com as etapas de preparação e administração da injeção de leuprorrelina, e não sejam os doentes a preparar ou a administrar estes medicamentos”.

Os medicamentos contendo leuprorrelina (administrados por via subcutânea ou intramuscular de libertação contínua prolongada) são utilizados no tratamento do cancro da próstata, cancro da mama, endometriose, miomas uterinos e puberdade precoce.