28 de Julho de 2015 O INFARMED autorizou 5.870 tratamentos para a hepatite C, quase mil autorizações por mês desde que o Ministério da Saúde assinou o acordo com a Indústria Farmacêutica em fevereiro. Destes tratamentos, a esmagadora maioria (5.420) teve recurso a medicamentos inovadores: o Sofosbuvir sozinho ou combinado com o Ledipasvir.
De acordo com informações disponibilizadas à “Renascença” pela Autoridade Nacional do Medicamento, há cerca de três mil doentes a fazer o tratamento para a hepatite C com estes fármacos.
O pagamento à Indústria será feito no final e só pelos utentes efetivamente curados.
Segundo a Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia, «podemos ser otimistas o suficiente para dizer que a hepatite C é uma doença que pode estar erradicada dentro de alguns anos».
José Cotter afirma que os pacientes dispõem de tratamentos «com elevadíssima taxa de eficácia, muito próxima dos 95%», mas revelou preocupação face a «uma pequena franja de doentes [que] não responde a estes tratamentos».
«Necessitarão de medicamentos alternativos que neste momento ainda não estão aprovados do ponto de vista negocial pela tutela», informou o também diretor do serviço de Gastrenterologia do Centro Hospitalar do Alto Ave, afirmando que, no entanto, esta é «uma doença que pode estar erradicada dentro de alguns anos» face ao avanço da investigação médica nesta área. O especialista alertou, ainda, para o carácter «silencioso» desta doença, que deve ser combatido através de «uma simples análise sanguínea», «pelo menos uma vez, na idade adulta».
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