INFARMED: Concluídos 34 ensaios com imunoterapia para cancros em Portugal 05 de janeiro de 2017 Em Portugal, já foram concluídos 34 ensaios clínicos com imunoterapia na área da oncologia, desde 2006, segundo dados avançados pelo INFARMED. Os cancros do sistema digestivo e de sangue são os que lideram os ensaios, seguindo-se os da mama (18 %), as neoplasias do sistema reprodutor feminino (9%), o do pulmão (6%) e o carcinoma da cabeça e do pescoço (6%). É cada vez maior o número de doentes a participarem nos ensaios, noticiou o “DN”. Se em 2009, os quatros ensaios clínicos realizados contaram com a participação de 32 doentes oncológicos, o mesmo número de testes finalizados no ano passado abrangeram 103 pessoas. A Unidade de Investigação Clínica do IPO do Porto tem dez ensaios clínicos na área de oncologia com imunoterapia, envolvendo mais de 70 doentes. Há ensaios em melanoma, cancro do pulmão, cabeça e pescoço, rim, cancro gástrico. «A imunoterapia é uma terapêutica muito promissora, como têm demonstrado os ensaios nas diversas áreas. As taxas de resposta eram muito baixas e a imunoterapia veio revolucionar o tratamento do cancro, especialmente do melanoma», diz Deolinda Pereira, diretora do serviço de oncologia médica do IPO do Porto. Neste momento, os fármacos têm custos muito elevados. Ao “DN”, Luís Costa, presidente da Associação Portuguesa de Investigação em Cancro, fala em valores anuais na ordem dos 60 a 80 mil euros por doente. Deolinda Pereira confirma que a imunoterapia representa um investimento de «milhões de euros» por ano. |