Infarmed divulga relatório relativo às reações adversas à vacina contra a covid-19 1039

A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), divulgou o relatório de farmacovigilância atualizado relativo à monitorização da segurança das vacinas contra a covid-19, em Portugal, atualizado a 31 de janeiro de 2022.

Em 22.173.522 vacinas administradas contra a covid-19, em Portugal Continental e Regiões Autónomas, registaram-se 22.387 casos de reações adversas a medicamentos (RAM).

Apesar de que, com o decorrer do programa de vacinação, a notificação de RAM ter aumentado, verifica-se que “as reações adversas às vacinas contra a covid-19 são pouco frequentes, com cerca de 1 caso em mil inoculações, um valor estável ao longo do tempo”, indica o documento divulgado.

A maior parte das reações adversas são referentes à vacina da Pfizer/BioNtech (Comirnaty) com 11.451, seguindo-se a da AstraZeneca (Vaxzevria) com 6.222, a da Moderna (Spikevax) com 2.703, e a da Janssen com 1.890 casos.

Dos casos de RAM, foram registadas 15.223 (68%), como não graves e 7.164 (32%) como graves.

“Dos casos de RAM classificados como graves, cerca de 85% dizem respeito a situações de incapacidade temporária (incluindo o absentismo laboral) e outras consideradas clinicamente significativas pelo notificador, quer seja profissional de saúde ou utente”, explica o documento.

“Os casos de morte ocorreram num grupo de indivíduos com uma mediana de idades de 77 anos. Estes acontecimentos não podem ser considerados relacionados com uma vacina contra a covid-19 apenas porque foram notificados de forma espontânea ao Sistema Nacional de Farmacovigilância. Na grande maioria dos casos notificados em que há informação sobre história clínica e medicação concomitante, um resultado adverso fatal pode ser explicado pelos antecedentes clínicos do doente e/ou outros tratamentos, sendo as causas de morte diversas e sem apresentação de um padrão homogéneo. A vacinação contra a COVID-19 não reduzirá as mortes provocadas por outras causas, por exemplo, problemas de saúde não relacionados com a administração de uma vacina”, acrescenta o relatório.

Por grupo etário, o que mais casos de efeitos adversos graves registou foi o dos 25 aos 49 anos (3.312 casos), aquele que teve também o maior número de vacinas administradas (6.959.575).

Em relação ao género, o relatório dá conta de uma “uma maior preponderância de notificação de RAM por parte do género feminino”.

As 10 reações mais notificadas referem-se a casos de pirexia/febre (5.036), cefaleia/dor de cabeça (4.992), mialgia (dor muscular (4.623), dor no local da injeção (4.118), calafrios (2.554), fadiga (2.552), náusea (1.842) e artralgia/dor articular (1.577). Foram ainda registados casos de dor generalizada (1.532), mal-estar geral (1.355), tonturas (1.300), dor nas extremidades corporais (1.224), linfadenopatia/aumento de volume dos gânglios linfáticos (1.018), vómitos (969) e astenia/fraqueza orgânica (952).

Pode consultar o Relatório, aqui.