16 de janeiro de 2018 Despistar o VIH em casa através de um autoteste já é prática comum em Espanha, França e noutros países europeus. O Ministério da Saúde está a estudar esta possibilidade, tendo convocado o INFARMED para avaliar essas experiências já implementadas. «Estamos a estudar os diferentes cenários. A Escócia, por exemplo, tem a autocolheita de sangue em que há sempre uma validação do resultado por um laboratório, a Espanha vende o autoteste na farmácia com receita médica», adiantou, ao “Público”, Sofia de Oliveira Martins, do conselho diretivo do INFARMED. «Caso cumpra todos os requisitos necessários, pode constituir uma opção complementar interessante no combate à doença», diz o ministério sobre este projeto. Para que a realização destes testes avance, a legislação atual terá de ser alterada, visto determinar a proibição de venda ao público de autotestes de diagnóstico in vitro para detetar doenças como o VIH, hepatites e cancro. A realização de autotestes «tem sido indicada como estratégia para aumentar o número de diagnósticos», sublinha a diretora do Programa Nacional para a Infeção do VIH/sida, Isabel Aldir. «É uma boa prática defendida pela Organização Mundial de Saúde e pela ONU Sida, porque sabe-se que uma parte da população recorre a nenhuma outra possibilidade para fazer um teste. Quanto mais alargamos as possibilidades de as pessoas se testarem, mais sucesso vamos ter», defendeu. |