INFARMED garante que acesso a xarope pediátrico Bactrim está assegurado
30 de abril de 2018 O INFARMED garantiu em comunicado que o acesso ao antibiótico pediátrico Bactrim está garantido, apesar de a empresa farmacêutica proprietária do medicamento ter decidido descontinuar a sua produção por razões económicas, adiantou a Autoridade Nacional do Medicamento. A Roche, a farmacêutica que produz o Bactrim, suspendeu a produção do medicamento, quer na vertente pediátrica, quer na vertente para adultos. «Esta decisão abrange a fórmula utilizada em adultos, mas é particularmente relevante na que é utilizada na população pediátrica, para a qual existia uma versão em xarope que não tem alternativa no mercado», refere o INFARMED em comunicado. A agência nacional garante, no entanto, que o tratamento das crianças não está em causa, tendo autorizado todos os pedidos excecionais de utilização do medicamento submetidos pelos hospitais, que podem assim garantir o acesso ao medicamento através da importação a partir de países que comercializem alternativas. «O INFARMED avançou de imediato com a concessão de Autorizações de Utilização Excecional (AUE) a todos os hospitais que submeteram esses pedidos, e continuará a autorizá-los sempre que for solicitado», esclareceu a agência no comunicado. O INFARMED refere ainda que a empresa farmacêutica se disponibilizou para ajudar no processo de transição e «se prontificou a importar este medicamento de outro país europeu em quantidades suficientes para dar resposta a curto prazo aos doentes imunodeprimidos (prioritariamente) e sem custos para os hospitais». O jornal “Expresso” noticiou que a descontinuação deste medicamento apanhou os médicos desprevenidos, segundo revelou ao semanário Nuno Miranda, coordenador do Plano Nacional de Prevenção das Doenças Oncológicas, mas a farmacêutica garante que comunicou ao INFARMED no início do ano o fim da comercialização. A toma do xarope pediátrico é particularmente importante para crianças imunodeprimidas, com o sistema imunitário enfraquecido, devido a doenças como o cancro, ou infeção por VIH. |