A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. (Infarmed) emitiu um comunicado a indicar que o medicamento Remdesivir, que “obteve um parecer positivo do Comité de Medicamentos de Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), cuja autorização deverá ser concedida em breve pela Comissão Europeia”, esteve “sempre disponível em Portugal, mesmo antes de ter a referida autorização condicional”.
Este comunicado surge na sequência das declarações emitidas pela secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira, na conferência de imprensa no Ministério da Saúde de ontem, onde indicou que o Infarmed “pediu informação à empresa” Gilead Sciences sobre os stocks disponíveis deste fármaco.
“Este medicamento esteve sempre disponível em Portugal, mesmo antes de ter a referida autorização condicional, através de pedidos de Autorização de Utilização Excecional, assim os médicos assistentes o entendessem. Todos os pedidos de acesso ao medicamento pelos hospitais nacionais foram concedidos”, esclarece o Infarmed.
A Autoridade do medicamento reforça ainda que “esta autorização será condicional por ainda se aguardarem resultados confirmatórios”.
O Remdesivir, medicamento que é usado em Portugal de forma pontual em casos mais graves de covid-19, está disponível e há “acesso imediato ao mesmo sempre que necessário.
“Podemos informar que existe stock disponível do medicamento Remdesivir, de acordo com as alocações que têm vindo a ser feitas ao nosso País, constituindo uma primeira reserva que garante o acesso imediato ao medicamento”, reforçam.
O Infarmed indica ainda que contactou o “laboratório titular do medicamento Remdesivir, e este confirma que antecipa que não venha a existir qualquer constrangimento no acesso ao tratamento por parte dos doentes portugueses, tendo a garantia de acompanhamento conjunto da situação”, concluem.