O INFARMED quer que os hospitais e centros de saúde criem uma «linha direta que permita aos doentes de Parkinson alterar o tratamento em conjunto com o seu médico», com o objetivo de atenuar o impacto da rutura de stock do medicamento Sinemet, avança o organismo em comunicado. Na passada sexta-feira, a Autoridade do Medicamento reuniu-se com laboratórios, sociedades científicas e representantes dos doentes para serem encontradas medidas que assegurem o tratamento a doentes de Parkinson, ficando definido que o centro de contacto SNS 24 está preparado para esclarecer dúvidas aos doentes. As quatro empresas que estiveram presentes na reunião comprometeram-se a encontrar soluções para o abastecimento do mercado. «Uma das empresas, que já tem um medicamento em comercialização no mercado, comprometeu-se a aumentar a produção desta alternativa ao Sinemet. Outras duas empresas vão avaliar a possibilidade de importar embalagens de medicamentos de outros mercados», lê-se no mesmo comunicado. A este propósito, o INFARMED «vai contactar as associações de farmácias e os distribuidores para que monitorizem eventuais situações de pedidos de embalagens em grande quantidade, para que apenas sejam vendidas as necessárias». A Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson comprometeu-se a fazer um apelo junto dos seus associados para que não haja uma compra exagerada de embalagens do medicamento. Os representantes dos doentes vão ainda apelar junto das famílias para que «dispensem embalagens excedentárias que possam ser utilizadas por doentes sem acesso a medicação». Também as sociedades científicas ligadas a estes doentes e aos clínicos que os acompanham «vão apelar aos médicos para que façam uma prescrição criteriosa, seja em termos de indicações terapêuticas, seja em número de embalagens, para garantir que são tratados todos os doentes», conclui o documento. |