INFARMED reage a notícia sobre uso de canabidiol em crianças com epilepsia 926

INFARMED reage a notícia sobre uso de canabidiol em crianças com epilepsia

 


05 de março de 2018

O INFARMED enviou um desmentido, após a publicação de uma reportagem pelo “DN” que avança existirem em Portugal algumas crianças com Síndroma de West que tomam canabidiol (derivado de canábis) comprado pelos pais, acusando o jornal de publicar informação «errada, descontextualizada e de excluir informação essencial ao esclarecimento do tema em causa».

Há vários ensaios clínicos a decorrer e já está em avaliação na Agência Europeia do Medicamento (EMA) um medicamento com esta substância para o tratamento da epilepsia, e que obteve a designação de medicamento órfão. Ao contrário do exposto pelo “DN”, o INFARMED realçou que «em nada colide com a posição da OMS descrita no texto, como se verifica, aguardando os resultados da evidência científica», esclareceu o organismo.

O medicamento em causa pode ser usado em casos muito específicos, através de uma AUE – Autorização de Utilização Especial, no entanto, ainda não houve nenhum pedido de AUE ao INFARMED, lê-se no texto enviado.

O INFARMED informou ainda que não existe qualquer contradição relativa ao controlo da substância canabidiol. De acordo com o regulador, este apenas «cumpre, como os restantes países da UE, normas internacionais que foram transpostas e que não incluem o canabidiol como substância controlada enquanto substância isolada, ficando abrangido por essa classificação enquanto parte da planta ou de extratos da mesma. Está, por isso, em perfeita consonância com as orientações da Organização Mundial da Saúde e do órgão especializado das Nações Unidas em matéria de estupefacientes e psicotrópicos (OICS)».