Um abaixo-assinado de 24 farmácias chegou ontem ao INFARMED com pedido para pôr fim «à generalizada escassez de medicamentos». A autoridade do medicamento já anunciou que foram pedidas informações para averiguar a situação.
No documento com o título «Pelo acesso aos medicamentos, pela garantia da saúde dos portugueses», que “O Observador” refere, as farmácias pedem ao INFARMED para que «reforce e adote todas as medidas que ponham termo à situação atual de degradação do sistema de distribuição e à generalizada escassez de medicamentos que se observa nas farmácias».
As farmácias manifestam «preocupação em relação à escassez de medicamentos» no mercado, afirmando que «dificulta o acesso dos utentes e coloca em causa cuidados de saúde e a qualidade de vida de todos os portugueses». «Diariamente são numerosos e reiterados os pedidos de fornecimento que não são satisfeitos ou, quando o são, a satisfação dos mesmos é feita de forma rateada, claramente insuficiente para suprir a carência que se verifica», lê-se no documento citado pela fonte. Continuam com a informação de que, noutros casos, «o fornecimento é assegurado apenas vários dias após pedidos terem sido solicitados».
Em resposta escrita à agência “Lusa”, o INFARMED refere que já foi enviado um pedido de informação a todas as farmácias que assinaram o documento «a fim de permitir averiguar a situação relatada», ainda sem resposta. «A todas estas farmácias enviámos prontamente um pedido de informação» a solicitar, «com a maior brevidade possível», informações sobre os distribuidores que não estão a cumprir o dever de fornecimento e sobre os medicamentos que a farmácia tem dificuldade em adquirir para satisfazer as necessidades dos utentes.
Foi ainda pedido às farmácias pela Autoridade Nacional do Medicamento que enviem «faturas de dezembro e janeiro até à data atual que documentem a dificuldade de acesso relatada (com indicação do medicamento, datas e fornecedor)» e «outras provas documentais que considerem convenientes para documentar a ocorrência relatada».