A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) informou que nos próximos dois dias se vai reunir com os doentes de modo a informa-los sobre a falta de medicamentos e o processo de acesso aos fármacos inovadores.
Para além disso, estas reuniões vão servir também recolher contributos para o regulamento relativo ao acesso aos medicamentos.
“Podemos ir mais ao concreto e perceber as questões [de que os doentes têm falado] e ver de que forma podem intervir e participar de forma mais concreta”, indica o presidente do Infarmed, Rui Ivo.
O presidente do Infarmed diz que a autoridade do medicamento quer “ouvir as preocupações que os doentes têm manifestado e esclarecer as questões que podem estar na génese dessas preocupações”, mas sublinha que os doentes têm sido ouvidos também no âmbito do projeto “Incluir”.
“Pensamos que as associações podem dar um contributo para identificar situações que devam ser corrigidas, levando as empresas farmacêuticas, distribuidoras e farmácias a atuar de forma mais consentânea com o dever de acesso ao medicamento”, afirmou Rui Ivo.
As reuniões de hoje vão ser com a Convenção Nacional da Saúde e a Associação Mais Participação Melhor Saúde, e para quarta-feira com a Plataforma Saúde em Diálogo.
Sobre o acesso a medicamentos inovadores, Rui Ivo diz que Portugal tem “dos melhores sistemas da Europa, que pode não estar a ser percebido totalmente”, e que pretende explicar isso mesmo aos doentes com quem vai reunir.
“Após a aprovação da agência europeia, há um processo de avaliação para os medicamentos chegarem ao Serviço Nacional de Saúde e esse processo tem prazos. Também vamos mostrar os prazos que tem levado a aprovação de medicamentos”, conclui.