Em 2020, o Infarmed recebeu 187 submissões de pedidos para a realização de ensaios clínicos com medicamentos para uso humano em Portugal, noticia o “Jornal de Notícias”.
Este número representa um aumento de mais 30% face ao ano anterior, e é o valor mais alto desde, pelo menos, 2006.
Além dos pedidos ao Infarmed, a Comissão de Ética para a Investigação Clínica (CEIC) validou 175 das 223 submissões recebidas em 2020.
A CEIC terá sido desfavorável a 1% dos 175 pareceres emitidos. De acordo com as duas entidades, a diferença de dados entre ambas deve-se ao facto de o promotor poder solicitar a apreciação em simultâneo ou de forma desfasada.
Tal nos anos anteriores, os medicamentos utilizados nos ensaios clínicos são maioritariamente antineoplásicos e imunomoduladores,avança o mesmo jornal.
No ano em análise, 43% dos pedidos submetidos foram na área oncológica, seguindo-se o sistema nervoso central, com 27 submissões. Do total de pedidos ao Infarmed, 89% foram submetidos pela indústria e os restantes por promotores académicos – não comerciais.
Atualmente, tem-se verificado também uma aposta maior nos ensaios precoces, de fases I e II. Em 2006, o número de ensaios de fase I eram apenas 1,3% do total e, atualmente, representam cerca de 22%, num total de 41 ensaios (+41% face a 2019). Os ensaios clínicos predominantes continuam a ser os de fase III, que correspondem a 53% do total.