INFARMED: Venda de medicamentos fora das farmácias sobe no primeiro semestre 09 de setembro de 2014 O volume de vendas de embalagens de medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM) cresceu 6,2% no primeiro semestre de 2014, representando um valor superior a 19 milhões de euros, indica um relatório divulgado ontem pelo INFARMED. O relatório diz respeito a vendas de MNSRM fora das farmácias e dos hospitais (em supermercados por exemplo), entre janeiro e junho deste ano. Em 2005 foi criada legislação que permite a venda de alguns géneros de medicamentos em locais de venda que não as farmácias. Esses estabelecimentos, segundo a lei, têm de comunicar as vendas ao INFARMED. Nos primeiros seis meses, se comparado com igual período do ano passado, venderam-se mais MNSRM fora das farmácias, com o valor das vendas a aumentar 2,7%. Os medicamentos mais vendidos foram os analgésicos e antipiréticos, seguidos dos medicamentos para regularizar os intestinos. De acordo com a “Lusa”, a substancia ativa com maior nível de vendas foi o paracetamol, representando 15,1% do total, embora o diclofenac (anti-inflamatório) tenha sido a substância ativa mais expressiva em termos de valor monetário. O mercado dos MNSRM representa 15% do mercado do medicamento em Portugal, sendo que as farmácias recebem 80% das vendas. Ainda de acordo com o relatório o mercado do MNSRM fora das farmácias tem vindo a aumentar desde 2006. Lisboa, Porto e Setúbal registam o maior volume de vendas, por oposição a Bragança, Portalegre e Guarda, com o mais baixo. Despesas com medicamentos nos hospitais diminuiu 3,9% A despesa com medicamentos nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) foi no primeiro semestre de 495,1 milhões de euros, menos 3,9% do que em igual período do ano passado, segundo um relatório divulgado ontem. De acordo com o documento, da responsabilidade do INFARMED e sobre o consumo de medicamentos em meio hospitalar (num total de 46 entidades hospitalares do SNS), o decréscimo de despesas decorre provavelmente de medidas sobre «definição e revisão dos preços dos medicamentos hospitalares» e de um acordo entre o Ministério da Saúde e a Indústria Farmacêutica. Os hospitais que mais contribuíram para o decréscimo, lê-se no relatório, foram o Centro Hospitalar de Lisboa Norte, seguindo-se o Centro Hospitalar Lisboa Central e o Centro Hospitalar Lisboa Ocidental. A despesa em ambulatório (consulta externa, hospital de dia e cirurgia de ambulatório) foi de 370,7 milhões de euros (76,4% da despesa total), essencialmente devido à despesa com medicamentos para a infeção por VIH, oncologia ou artrite reumatoide, entre outras patologias, citou a “Lusa”. Os medicamentos imunomoduladores (que atuam no sistema imunológico), antivíricos e citotóxicos (na luta contra o cancro) representam o maior peso na despesa, mas se nos primeiros houve um aumento dessa despesa nos antivíricos registou-se um decréscimo, enquanto os citotóxicos apresentaram um aumento de 0,3% em relação ao ano passado. |