A Linha SAFE 1400 começou esta segunda-feira a informar os cidadãos de que três serviços farmacêuticos estão em risco por falta de comparticipação do Estado.
A informação é dada através de uma mensagem gravada, quando se liga para a linha através do numero gratuito 1400. Enquanto o utente aguarda, é informado que as farmácias serão em breve “forçadas a suspender” três serviços: o da dispensa de medicamentos hospitalares, o da vacinação contra a gripe e o da vigilância a doentes crónicos.
A Associação Nacional das Farmácias (ANF) já tinha informado, através de um comunicado divulgado, que na próxima quarta-feira, as 2.750 farmácias filiadas iriam suspender a sua atividade, entre as 15:00 e as 15:23, tempo reservado pela Assembleia da República para debater a petição “Salvar as Farmácias, Cumprir o SNS”. As estas juntam-se agora as farmácias filiadas pela Associação de Farmácias de Portugal (AFP).
Através de comunicado conjunto, a ANF e a AFP lembram que “as farmácias comunitárias estão a dispensar medicamentos a milhares de doentes com cancro, sida, esclerose múltipla e outras doenças, que antes eram forçados a deslocar-se aos hospitais. Há casos de doentes dos Açores e do Algarve que faziam deslocações regulares a Lisboa”.
Na nota divulgada, referem que há já quatro anos que as farmácias começaram com a entrega de medicamentos para doentes com VIH-Sida, e que neste tempo “o Estado não investiu um único cêntimo no serviço, apesar da satisfação manifestada pelos utentes e as suas associações representativas”.