Um estudo do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), ainda em pré-publicação e não revisto, concluiu que pessoas com vacinação completa apresentam “menor carga viral e potencialmente menor transmissibilidade do que os indivíduos não vacinados”.
A investigação foi realizada entre maio e julho deste ano, quando a variante Delta se tornou predominante em Portugal, e analisou cerca de 2.000 pessoas infetadas com o SARS-CoV-2, sugerindo ainda que as vacinas de tecnologia mRNA (Pfizer e Moderna) são menos eficazes a prevenir a infeção pela variante Delta do SARS-CoV-2, do que em relação à variante Alpha.
De acordo com uma nota da Agência Lusa, o INSA conclui que há “probabilidade significativamente superior de infeção pela variante Delta em pessoas vacinadas”, sensivelmente “o dobro do risco de infeção pela variante Alpha”.
Estima-se que a eficácia do esquema vacinal completo, que era de 70% a 90% para a variante Alpha, desça para 41% a 80% face à Delta. Na situação de uma toma, a eficácia de 55% a 70% face à Alpha, passará para entre 24% a 49%. Note-se que estes resultados, a serem validados, estão em linha com diversos estudos internacionais.
De acordo com os dados obtidos, os infetados com a nova variante apresentaram, em média, uma carga viral mais elevada, o que pode significar um índice de maior transmissibilidade da doença.