INSA divulga relatório sobre diversidade genética do SARS-CoV-2 347

No relativo à diversidade genética do SARS-CoV-2, a linhagem recombinante XBB (e suas descendentes), dominante em Portugal da semana dez à semana 43 de 2023, regista uma tendência decrescente desde então, não tendo sido detetada qualquer sequência desta linhagem nas semanas 28/2024 a 31/2024 (entre 8 de julho e 4 de agosto).

De acordo com o relatório do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), divulgado ontem, até à data foram analisadas 50.070 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições, representando 307 concelhos de Portugal.

A linhagem BA.2 da variante Omicron foi dominante em Portugal nos primeiros meses de 2022, tendo, desde então, mantido uma circulação discreta, até ao surgimento da sua sublinhagem BA.2.86. “Esta sublinhagem é dominante em Portugal desde a semana 44 de 2023, tendo apresentado uma frequência relativa de 99,5% na última amostragem (semanas 28/2024 a 31/2024). Circulam maioritariamente em Portugal a sua sublinhagem JN.1 e descendentes”, refere o INSA, no seu portal.

Entre as últimas destaca-se o considerável aumento de circulação da sublinhagem KP.3, “a qual representou 80,7% das sequências analisadas entre as semanas 28/2024 e 31/2024. Esta sublinhagem, bem como outras sublinhagens em circulação (por exemplo, KP.1 e KP.2), foi incluída na lista de variantes sob monitorização pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC)”.

A maioria das linhagens detetadas na última amostragem (i.e., sublinhagens BA.2.86), ainsa segundo o INSA, “apresentam um perfil mutacional semelhante na Spike (“BA.2.86-like”), o qual é consideravelmente divergente da linhagem anteriormente dominante (XBB). Este perfil confere-lhes maior capacidade de fuga ao sistema imunitário, e, potencialmente, maior transmissibilidade”.