INSA em projeto internacional para avaliar eficácia de vacinas 19 de Janeiro de 2015 O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) vai avaliar o grau de benefício das vacinas da gripe para quem as toma, no âmbito de um projeto internacional com um financiamento superior a sete milhões de euros, anunciou aquele organismo. Designado “I-MOVE+”, o projeto, aprovado na terça-feira pela Comissão Europeia, tem como objetivo a avaliação da efetividade e impacto dos programas de vacinação na população com mais de 65 anos. De acordo com informação avançada pela “Lusa”, o Instituto Ricardo Jorge foi uma das instituições internacionais de saúde pública selecionadas e desenvolverá trabalho nas áreas específicas da gripe e da doença pneumococica. «Pretende-se monitorizar, nos cuidados de saúde primários e hospitalares, a efetividade da vacina antigripal e antipneumocócica na população com mais de 65 anos de idade. Ou seja, perceber o grau do benefício destas vacinas para quem as toma, neste caso no referido escalão etário», explica o Instituto Ricardo Jorge. Deste trabalho deverão resultar «importantes contributos» para a introdução e adaptação de medidas de prevenção, como, por exemplo, ajudar a definir os grupos-alvo a quem devem ser disponibilizadas as vacinas. Criar medidas de prevenção complementares às vacinas, em anos em que estas sejam menos eficazes do que o esperado, e contribuir para que a composição das vacinas em anos posteriores seja mais eficaz são outros dos contributos esperados desta investigação. O orçamento global do “I-MOVE+” é de 7,4 milhões de euros, no âmbito do Horizonte 2020 – Programa-Quadro Comunitário de Investigação & Inovação, dos quais cerca de 5% (370 mil euros) serão geridos pelo Instituto Ricardo Jorge no âmbito das suas atribuições no projeto. Esta iniciativa reúne especialistas de institutos de saúde pública e universidades de vários países, sendo o Instituto Ricardo Jorge uma das 23 entidades integrantes deste consórcio e a única portuguesa. O estudo tem uma duração prevista de três anos e vai ser desenvolvido através do Departamento de Epidemiologia e do Departamento de Doenças Infeciosas do instituto. |