Segundo os dados preliminares de seis estudos europeus, inseridos no relatório do Programa Nacional de Vigilância da Gripe na época 2018/2019, do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA), a efetividade da vacina da gripe na época passada situou-se entre os 32% e os 43% na população em geral, mas foi de quase 60% nos grupos-alvo da vacinação.
Estes dados agora avaliados, dizem respeito a análises e estudos feitos a meio da época gripal 2018/2019. Os resultados finais ainda estão a ser concluídos.
O relatório mostra uma efetividade entre os 32% e os 43%. Nos grupos-alvo, onde se inserem os doentes crónicos, pessoas em lares ou instituições, profissionais de saúde, e pessoas a partir dos 65 anos, a percentagem é de 59%.
“A maior percentagem de falhas da vacina ocorreu no grupo etário dos 15 aos 44 anos. A confirmação de gripe em indivíduos vacinados poderá estar relacionada com uma baixa/moderada efetividade da vacina antigripal”, indica o documento apresentado pelo INSA.
O relatório refere também que a efetividade da vacina varia de época para época, de acordo com a idade, estado imunitário do doente e doenças associadas, mas também consoante os vírus circulantes.
O documento indica ainda que na época 2018/2019, mais de três mil pessoas terão morrido em Portugal devido à gripe, enquanto que o frio terá contribuído para a morte de quase 400 pessoas, num período de intensidade gripal moderada.
Contudo, verificou-se uma baixa dos números da mortalidade atribuída à gripe, para 3.331, contra 3.700 na época 2017/2018, apesar de o número de mortes por todas as causas estar acima do esperado entre janeiro e fevereiro (semanas 2 e 7 de 2019), quando ocorreu um excesso de óbitos de 2.844 em relação ao esperado.
A percentagem mais elevada de casos de gripe verificou-se no grupo etário dos 15 aos 44 anos e depois dos 45 aos 64 anos.
Ainda assim, a atividade gripal na época passada foi considerada “moderada”, e estima-se que a vacina contra a gripe tenha prevenido milhares de casos.