Instituto apela à doação de sangue, que decresceu cerca de 3% em junho e julho
22 de Agosto de 2014
A responsável de programação e colheitas do Centro de Sangue e Transplantação do Porto disse hoje que o decréscimo de doações em junho e julho, em comparação com período homólogo do ano passado, foi de cerca de 3%.
«Apesar de, neste momento, as reservas de sangue se manterem em níveis de autossuficiência, o que esteve em risco nos meses de janeiro e fevereiro», Ofélia Alves lembra, num comunicado enviado à “Lusa”, que os doentes «não vão de férias», apelando aos dadores para continuarem a fazer periodicamente as suas doações.
É neste contexto que o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) vai realizar mais uma iniciativa de colheita de sangue e de inscrições de dadores de medula óssea, dia 29 de agosto, entre as 14:00 e as 19:00, junto ao Marshopping, no concelho de Matosinhos.
A Unidade Móvel do IPST estará no parque de estacionamento exterior, onde se podem dirigir todos aqueles que desejem doar sangue. Por sua vez, as inscrições de dadores de medula óssea decorrerão no interior do espaço comercial.
Esta iniciativa insere-se na campanha de verão do IPST, a decorrer até ao final deste mês.
A campanha promove sessões de colheita do instituto junto da população e apoia em concreto as sessões de colheita nas praias, parques de campismo e outros locais tradicionalmente considerados locais de férias.
Numa conferência de imprensa realizada no final de junho, o presidente do IPST revelou que se registou uma quebra de 8% nas colheitas de sangue no primeiro semestre deste ano, mostrando-se «muito preocupado» com a descida esperada no verão.
Hélder Trindade afirmou que houve uma diminuição de 10% na afluência de dadores no início do ano, que melhorou ligeiramente para 8% no final de maio, comparativamente ao período homólogo de 2013.
O responsável indicou que o instituto procura sobretudo angariar novos dadores, por um lado para colmatar os que vão perdendo por via da emigração ou do envelhecimento, e por outro, porque os dadores regulares – sobretudo os que dão mais do que duas vezes por ano – normalmente não deixam de dar.
Segundo Hélder Trindade, o número de dadores que dá sangue quatro vezes por ano ronda o milhar, os que dão três vezes por ano são cerca de nove mil, os que dão duas vezes por ano ultrapassam os 45 mil e 91 mil é o número de dadores que dá uma vez por ano.
«Hoje estamos perto do meio milhão de dadores», disse, acrescentando que em 2013 houve um total de 214.062 colheitas, das quais 28.515 foram de novos dadores.
De entre estas pessoas que deram sangue pela primeira vez no ano passado, 13.128 tinham acima de 35 anos, 9.917 tinham entre 35 e 25 anos e 5.470 tinham menos de 25 anos.