Instituto Pedro Nunes em Coimbra lança projeto de apoio domiciliário na área da saúde mental 1333

O Instituto Pedro Nunes (IPN), ligado à Universidade de Coimbra, divulgou o COGNIVITRA, um projeto de apoio domiciliário a pessoas acima dos 50 anos com risco de comprometimento cognitivo e com fatores de risco para a saúde mental.

Este é um projeto financiado pelo AAL Programme – Ageing Well, conduzido pelo Instituto Pedro Nunes e que envolve a NeuroInova, Parc Sanitari San Joan de Deu e RehaZenter.

“O COGNIVITRA é liderado pelo IPN, através do seu Laboratório de Automática e Sistemas, num consórcio que envolve parceiros de Portugal, Espanha e Luxemburgo”, anunciou o instituto.

O projeto visa desenvolver uma ferramenta tecnológica para apoiar o treino de vitalidade cognitiva em casa.

“A solução COGNIVITRA integra componentes para apoiar exercícios cognitivos e físicos com ferramentas baseadas na web e sensores de movimento, numa plataforma centralizada que facilitará a interface e a comunicação entre pacientes e profissionais de saúde”, refere o IPN, em comunicado.

Sendo que Portugal é um dos países mais envelhecidos da Europa e do mundo, e que nos próximos 3 anos estima-se que ocupe o 4º lugar a nível mundial, João Quintas, investigador principal para o Active and Assisted Living (Programa europeu para as questões do envelhecimento), afirma que “embora o declínio cognitivo decorra do processo natural do envelhecimento, não significa que não possa ser retardado”.

O investigador acrescenta ainda que para retardar o processo de envelhecimento é necessário dispor de ferramentas que estejam disponíveis para a população, “mas que assentem no saber científico e na inovação tecnológica criteriosa e rigorosa”, onde o utilizador está no centro do desenvolvimento e presente nas decisões sobre implementação destes sistemas.

“Foi por isso que criámos esta equipa, que conta com o conhecimento clínico e das necessidades dos profissionais das áreas da neurologia e psicologia, bem como o conhecimento técnico e capacidade de inovação”, conclui João Quintas.