Intercâmbio de profissionais e candidaturas conjuntas entre hospitais S. João e Gaia 729

Intercâmbio de profissionais e candidaturas conjuntas entre hospitais S. João e Gaia

23 de Outubro de 2015

A apresentação de candidaturas conjuntas para a constituição de centros de referência ou de excelência e o intercâmbio de profissionais são objetivos de um acordo ontem assinado entre os centros hospitalares de São João, Porto, e de Gaia/Espinho.

 

«Este protocolo, que decorreu de uma série de trabalhos prévios entre os dois centros hospitalares, visa partilhar recursos e capacidades que temos em várias áreas», sublinhou o presidente da administração do São João.

 

Em declarações à “Lusa”, António Ferreira considerou que «há uma série de áreas onde se podem não só gerir melhor os recursos, como acrescentar valor», sublinhando que «já há trabalho no terreno, nomeadamente ao nível de formação de cardiologistas do São João no Hospital de Gaia».

 

Silvério Cordeiro, presidente da administração do Hospital de Gaia/Espinho, disse que o acordo ontem assinado «vem reforçar o que já se ia fazendo informalmente».

 

«Vem dar mais valor, quer para efeitos de candidaturas a centros de referência quer para candidaturas a fundos comunitários na área da formação avançada e pós-graduada quer para melhor servir a população em áreas onde uns são mais diferenciados, outros são menos. Fazemos aqui uma junção», sustentou.

 

Em seu entender, o protocolo traduz «um comportamento de aceitação mútua, destinado a criar uma estratégia coerente que proporcione os contextos mais favoráveis à prática clínica, à formação de profissionais de saúde e à investigação».

 

«O SNS é algo de que todos nos orgulhamos, sendo certo que deve evoluir, por forma a garantirmos a sua sustentabilidade e competitividade, para assegurar que a nossa razão de ser, o «serviço à população», é continuamente melhorado em qualidade, acessibilidade e desempenho assistencial», acrescentou Silvério Cordeiro.

 

O presidente do São João disse ainda que foi criada uma comissão permanente, constituída por dois elementos de cada hospital, que irá «avaliar as áreas em que pode haver partilha de recursos».

 

Os outorgantes comprometeram-se a colaborar mutuamente na discussão bilateral dos problemas que se colocam ou vierem a ser colocados, no que diz respeito à atividade assistencial nas respetivas áreas de referência, à criação de centros de excelência ou de referência, às questões logísticas e de aquisição de bens e serviços e aos sistemas de informação em saúde, entre outras.

 

Comprometeram-se também a desenvolver todos os esforços necessários para, no respeito pela lei, permitir intercâmbio de profissionais que possam colmatar deficiências em áreas específicas de outro, de acordo com a vontade e concordância dos mesmos profissionais.

 

Os dois centros hospitalares irão também a colaborar na formação dos seus profissionais, disponibilizando os seus recursos humanos e estruturais e estruturais para o efeito e assegurando as mobilidades necessárias a essa formação.

 

«O desenvolvimento de competências impõe a necessidade de intensificarmos a cooperação através da criação de parcerias que dinamizem redes efetivas de articulação de recursos e capacidades, potenciando o conhecimento, a qualidade e a inovação», acrescentou Silvério Cordeiro.