Investigação: Avanços na descoberta de terapias para regenerar o coração
12 de março de 2018 Uma equipa de investigadores, liderada por cientistas do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde do Porto (i3S), afirmou ter provado que se pode utilizar o coração de ratinho neonatal para descobrir novos fármacos para tratar diversas doenças cardíacas. Num comunicado, citado pela “Lusa”, os cientistas explicam que o individuo adulto não tem capacidade de gerar novo músculo cardíaco em situação de doença, formando geralmente uma cicatriz como forma de reparação, o que pode levar à falência cardíaca. Neste estudo, publicado na revista “Stem Cells Reports”, a equipa de investigadores, coordenada por Diana Nascimento e Perpétua Pinto-do-Ó, mostrou que o coração após o nascimento, para além de formar esta cicatriz, tem também capacidade para regenerar e gerar novo músculo cardíaco. Isto significa que «é importante estudar o coração do neonatal para encontrar terapias inovadoras para um vasto leque de doenças cardíacas», defendem. «Mostramos que os fibroblastos estão a regular tanto a regeneração e reparação no coração neonatal e, como tal, o estudo da resposta destas células, é essencial para que de futuro se consiga desencadear uma resposta mais eficiente do coração adulto em situação de doença», explica a coordenadora desta investigação, Diana Nascimento. O primeiro autor do artigo, Vasco Sampaio-Pinto sublinha que «o modelo descrito pode ser usado para desenvolver novas terapias com vista a promover a regeneração do coração em caso, por exemplo, de enfarte do miocárdio, e também para encontrar novos fármacos que impeçam a formação de cicatriz». De acordo com o investigador, «esta cicatriz impede o normal funcionamento do coração, conduzindo frequentemente à falência cardíaca». |